Autor: Lusa / AO online
“É possível sacrificar menos muitos portugueses se o governo pensar mais em Portugal e menos no calendário eleitoral”, afirmou o socialista no XVIII Congresso Nacional do PS a decorrer em Braga até domingo.
Apesar das muitas críticas tecidas ao executivo de Pedro Passos Coelho, que “pede mais a quem não deve, não pede a quem pode e dá a quem não precisa”, Carlos César admitiu os “erros e omissões” do próprio PS ao qual “faltou algumas vezes a humildade para os reconhecer”.
“Mas não devemos permitir que os erros obscureçam as nossas virtudes e história”, salientou, realçando que “o PS deve ter orgulho” na sua história e mudanças que implementou em Portugal após o 25 de abril de 1974.
Apelando por isso à renovação do partido, com “novas pessoas e novas ideias”, Carlos César, que ainda não fez saber se pretende renovar o seu mandato nos Açores, defendeu a necessidade de o partido se deixar “contaminar pela diversidade da realidade de Portugal”.
“É bom que não seja preciso discutir o que cada um quer fazer no partido e se pense no que o PS pode fazer pelos portugueses”, sublinhou.
E porque “há outras formas de governar o país” sem, por exemplo, “aumentar impostos da forma dissociada de uma estratégia económica”, Carlos César lembrou os socialistas presentes que “há outras soluções” sendo esse o “caminho que o PS deve aclarar”.
Garantiu até que “o novo PS no governo será diferente e melhor” sendo “com essa esperança” que vê o partido e o seu novo líder.