Autor: Lusa/AO Online
“O projeto que liderámos há quatro anos foi conseguido, mas também tenho a consciência de que nem tudo correu como desejaríamos”, declarou à agência Lusa Miguel Costa.
O candidato admitiu existirem “alguns projetos” para a ilha nesta legislatura que não se concretizaram “por razões técnicas alheias" ao Governo dos Açores (do PS), como é o caso do terminal de passageiros de São Roque do Pico.
Natural de Lisboa e a residir na Madalena do Pico, Miguel Costa tem 40 anos, é licenciado em Direito e deputado na Assembleia Legislativa Regional.
O socialista considerou que o atual Governo dos Açores deu um “contributo extraordinário” para o Pico "deixar de ser a ilha do futuro, mas da moda e com futuro”.
Na área do turismo, o cabeça de lista referiu que os habitantes do Pico “souberam aproveitar” o sistema de incentivos disponibilizados pelo executivo açoriano, sendo a ilha um “bom exemplo” de como se apostar nesta área. Entre 2012 e 2016, o espaço rural do setor aumentou 388%.
Em declarações à agência Lusa, o candidato defendeu a necessidade de se assegurar “mais e melhores acessibilidades” para a ilha e sublinhou que se conseguiram assegurar mais voos diretos com o continente, havendo também mais lugares disponíveis no circuito inter-ilhas.
“A nossa missão vai ser estar sempre atento ao mercado e às necessidades dos empresários e dos habitantes do Pico, dando-se as respostas mais ajustadas”, declarou.
O candidato, membro da Comissão Regional do PS/Açores, elegeu também o desemprego como uma das suas bandeiras e do partido, afirmando que não vai “descansar enquanto houver um desempregado” no Pico.
Miguel Costa afirmou que os socialistas oferecem “estabilidade, segurança e a firmeza na defesa convicta dos direitos e das necessidades da ilha”.
O candidato foi delegado das Obras Públicas entre 2002 e 2008 e diretor regional das Obras Públicas entre 2008 e 2012.
Atualmente é presidente da assembleia geral da Misericórdia da Madalena e da assembleia geral da Associação de Bombeiros Voluntários da Madalena.
Nos Açores, onde o PS governa há 20 anos, há nove círculos eleitorais, coincidentes com cada uma das ilhas, e um círculo regional de compensação (que junta os votos que não permitiram eleger deputados nos círculos de ilha).
O PS tem 31 dos 57 lugares na Assembleia Legislativa dos Açores, enquanto o PSD, o maior partido na oposição, conquistou 20 mandatos. O CDS tem três deputados no parlamento regional, enquanto BE, PCP e PPM conseguiram um mandato cada.
O círculo do Pico elege quatro deputados.