Autor: Lusa/AO Online
 “Ontem
 (segunda-feira), a Comissão enviou cartas específicas acerca das nossas
 preocupações a seis Estados-membros - Bélgica, Dinamarca, Finlândia, 
Alemanha, Hungria e Suécia – que estão atualmente a aplicar medidas mais
 estritas do que as recomendadas, em particular na proibição de entradas
 e saídas do país”, informou o porta-voz do executivo comunitário com a 
pasta da Justiça, Igualdade e Estado de Direito, Christian Wigand. O
 porta-voz frisou que, na missiva, a Comissão destaca a “necessidade” de
 garantir que as “restrições à liberdade de movimento” são 
“proporcionais” e não “discriminatórias”, e insta os países a “alinharem
 as suas disposições mais de perto com as recomendações do Conselho”, 
acordadas entre o conjunto dos Estados-membros da UE, e, mais 
genericamente, “com as regras da UE no que se refere à liberdade de 
movimentos”.  O executivo dá dez dias aos 
Estados-membros para responderem à carta e “a Comissão está a seguir de 
perto os passos dados pelos Estados-membros de maneira contínua”, 
apontou o porta-voz. Interrogado sobre os 
passos que a Comissão pode dar caso os Estados-membros em questão não 
cumpram as recomendações do executivo, Christian Wigand referiu que “o 
objetivo da Comissão Europeia é encontrar soluções o mais rapidamente 
possível”.  “Acreditamos que iremos 
encontrar soluções com os Estados-membros em questão, sem termos de 
recorrer a passos legais, que podem ser morosos. Por isso, os 
Estados-membros têm agora dez dias para responder e começamos por aí”, 
referiu. O porta-voz relembrou ainda que a 
Comissão Europeia tem sido sempre clara na questão da coordenação das 
medidas dentro da UE no combate à covid-19, frisando que “sem uma 
abordagem coordenada entre os 27 Estados-membros”, a UE “corre o risco 
de fragmentação” e de “disrupções na liberdade de movimento e nas 
cadeias de distribuição” “Na semana 
passada, os comissários Reynders [Justiça] e Johansson [Assuntos 
Internos] enviaram cartas a todos os Estados-membros a relembrar que 
estes concordaram numa abordagem comum, e de maneira coordenada, na 
gestão de qualquer tipo de restrição à liberdade de movimento, e que 
esperam que todos os Estados-membros mantenham essa abordagem”, afirmou.
  Nas últimas semanas, vários Estados-membros têm restringindo as entradas e saídas do seu território.  A
 Bélgica, por exemplo, proíbe desde 27 de janeiro todas as viagens não 
essenciais para dentro e fora do país, uma medida que está previsto que 
se mantenha em vigor até dia 01 de abril.  Já
 a Alemanha também introduziu controlos na sua fronteira com a República
 Checa e com a região austríaca de Tirol para limitar a propagação de 
novas variantes da covid-19.
 
                     
             
                                                 
                                                 
                                                