Açoriano Oriental
Liga Portuguesa
Benfica deixa fugir liderança
Um golo do brasileiro Wesley, aos 88 minutos, impediu o Benfica de vencer no reduto do Leixões e igualar o FC Porto na liderança da Liga portuguesa de futebol
Benfica deixa fugir liderança

Autor: Lusa/AO

Um golo do brasileiro Wesley, aos 88 minutos, impediu o Benfica de vencer no reduto do Leixões (1-1) e igualar o FC Porto na liderança da Liga portuguesa de futebol, em encontro da quinta jornada. A vencer desde os 33 minutos, graças a um golo do avançado paraguaio Óscar Cardozo, a formação “encarnada” pagou caro o facto de ter recuado muito nos minutos finais do encontro, frente uma formação anfitriã que teve o mérito de acreditar sempre.
O golo chegou sobre o final, mas foi mais do que merecido para a formação comandada por José Mota, que criou mais e melhores ocasiões de golo, apenas não facturando em mais ocasiões devido à exibição do guarda-redes Quim, autor de quatro defesas “enormes”.
Com este resultado, o Leixões, que em caso de triunfo ficaria isolado na liderança, passou a somar 10 pontos, igualando Estrela da Amadora e Nacional no segundo posto, a um do FC Porto, enquanto o Benfica está logo atrás, com nove, os mesmos do Sporting.
Em relação ao triunfo sobre o Nápoles (2-0 na Luz, quinta-feira), que valeu o acesso à fase de grupos da Taça UEFA, Quique Flores trocou Maxi Pereira (ausente na selecção uruguaia), Ruben Amorim e Di Maria por Miguel Vítor, Carlos Martins e Cardozo.
Desta forma, o Benfica entrou em “4-4-2”, com Miguel Vítor (adaptado à direita), Luisão, Sidnei e Jorge Ribeiro, à frente de Quim, um meio-campo com Katsouranis e Yebda, no meio, e Carlos Martins e Reyes, nos extremos, e Nuno Gomes e Cardozo na frente.
Por seu lado, o Leixões apresentou o “4-3-3” com que venceu no Restelo (1-0): Beto na baliza, uma defesa com Vasco Fernandes, Nuno Silva, Elvis e Laranjeiro, um meio-campo com Bruno China, Roberto Sousa e Hugo Morais e um ataque com Marques, Wesley e Marques.
Com as bancadas quase cheias, a formação da casa entrou melhor, mais determinada, ofensiva e criou rapidamente duas situações de grande perigo, em dois livres de Marques anulados por Quim, o segundo após um ressalto que colocou Braga isolado na sua cara.
Entre os dois lances, o Benfica sofreu uma grande contrariedade, aos oito minutos: o espanhol Reyes, decisivo nos dois últimos jogos da equipa da Luz, teve de abandonar por lesão, aparentemente na coxa esquerda, sendo substituído por Di Maria.
Após 20 minutos de “ausência”, o conjunto “encarnado” melhorou e ameaçou, num livre de Carlos Martins e num centro de Jorge Ribeiro, mas, à passagem da meia hora, foram os locais que voltaram a estar perto do golo, num remate forte e aos “esses” de Wesley.
O Benfica marcou, porém, à primeira ocasião, aos 33 minutos: Di Maria marcou um canto na esquerda, a bola sobrou à entrada da área para Katsouranis, com o grego a isolar Cardozo e este a fuzilar de pé direito... enquanto os locais pediam falta de Carlos Martins.
Em vantagem, a formação “encarnada” assumiu o comando do jogo, perante um Leixões algo perturbado, e teve duas boas ocasiões para chegar ao segundo antes do intervalo, num “tiro” de Yebda e num livre de Cardozo, ambos detidos pela “muralha” defensiva dos locais.
A segunda parte começou com mais uma ameaça do paraguaio, mas o protagonista voltou de novo a ser Quim, que, aos 55 minutos, foi buscar junto do poste direito um livre de Laranjeiro.
Depois, José Mota começou a arriscar e a refrescar a equipa, trocando Laranjeiro e Marques por Zé Manel e Diogo Valente, enquanto Quique Flores colocou Ruben Amorim no lugar de Carlos Martins.
Por maior frescura ou não, o Leixões começou, então, a assumir a liderança do encontro e a criar sucessivas iniciativas de perigo junto da defesa “encarnada”, com destaque para uma jogada individual de Braga, superiormente anulada por Luisão.
Até ao final, o Leixões continuou a insistir, perante um Benfica cada vez mais atrás (aos 84 minutos, Binya substituiu Nuno Gomes), e, aos 88, os locais chegaram mesmo ao empate, num cabeceamento de Wesley, após canto de Hugo Morais.
Nos instantes finais, o Benfica ainda tentou voltar a atacar, mas já era tarde e não havia jogadores com frescura para o fazer, pelo que ainda foi preciso sofrer algo para segurar um ponto.

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