Autor: Lusa/AO Online
Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo coordenador regional do BE nos Açores, António Lima, após uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa, em que esteve acompanhado pela deputada e dirigente bloquista Mariana Mortágua.
"O BE veio defender que as eleições regionais para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores se realizassem no dia 25 de outubro, uma vez que durante três meses, devido à pandemia, a atividade política ficou extremamente condicionada, praticamente estagnou, e é necessário haver aqui algum tempo", afirmou António Lima.
O coordenador regional do BE defendeu que, nas atuais circunstâncias, a população açoriana deve ter "mais tempo para analisar as diversas propostas dos diversos partidos, que também terão de ter tempo para as apresentar".
Por outro lado, António Lima referiu que o BE manifestou ao Presidente da República a sua preocupação com a necessidade de serem estabelecidas "regras muito claras e idênticas para todos os partidos" no plano da saúde pública, para que esta seja "uma campanha justa, equitativa e que permita um ato eleitoral que corra o melhor possível".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a quem nos termos da Constituição compete marcar o dia das eleições para as assembleias legislativas regionais, está hoje a ouvir os partidos representados na Assembleia Legislativa Regional dos Açores.
Antes do BE, foram ouvidos PPM e PCP, que defenderam igualmente eleições no dia 25 de outubro.
A Lei Eleitoral da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores estabelece que o Presidente da República marca as eleições regionais "com a antecedência mínima de 60 dias" e que estas se realizam, "normalmente, entre o dia 28 de setembro e o dia 28 de outubro do ano correspondente ao termo da legislatura" e que a data deve "recair em domingo ou feriado nacional".
O atual Governo dos Açores tomou posse na sequência das eleições regionais de 16 de outubro de 2016, que o PS venceu, com maioria absoluta - a quinta consecutiva para os socialistas e a segunda sob liderança de Vasco Cordeiro.