Açoriano Oriental
Assembleia Legislativa Regional
Batalha Naval no Parlamento açoriano
A polémica aquisição dos submarinos que voltou a emergir no debate político nacional devido aos custos associados e que por estes dias também tem agitado as águas  regionais, provocou quarta-feira uma batalha naval na Assembleia açoriana com disparos entre todas as bancadas.
Batalha Naval no Parlamento açoriano

Autor: Olímpia Granada

O primeiro tiro foi disparado por Artur Lima, o presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP que recorreu a uma declaração política para rejeitar as acusações a jeito de  aparte feitas na véspera por Carlos César e que atribuiam ao negócio fechado pelo então ministro da Defesa Paulo Portas e líder nacional dos populares, culpas por parte do actual afundamento das contas públicas.

E elencou toda a cronologia da existência de submarinos em Portugal, remontando aos tempos da Monarquia até aos tempos mais recentes em que, disse, a renovação da frota  foi decidida por Cavaco Silva (enquanto primeiro-ministro de um governo PSD) e a posterior abertura de concurso, para 3 ou 4 submarinos, por António Guteres (primeiro-ministro socialista).

Ora, disse Artur Lima, esse concurso foi “herdado” pelo governo PSD/CDS-PP liderado por Durão Barroso e, mesmo assim, Paulo Portas terá reduzido a despesa prevista de 2 mil ME para mil milhões ao reduzir a encomenda a dois submarinos e a negociar o leasing.


Por isso, reiterou, não foram os submarinos que afundaram as contas públicas que, agora, os açorianos também vão ter pagar. Sócrates é que “mesmo sem submarinos, conseguiu levar o País a submergir”, acrescentou Lima.

Para o PSD,  o presidente do Governo tem optado “por ficar sempre ao lado” [justificando as medidas de austeridade] do primeiro-ministro, mesmo que isso resulte em “prejuízo” para a Região.O líder da bancada social-democrata, António Soares Marinho,  desafiou mesmo César a mostrar com “actos que coloca os interesses dos Açores acima de Sócrates”.

Carlos César é que não gostou. “Eu não troco os Açores por nada, os Açores correspondem ao casamento da minha vida e não é um qualquer deputado que por aqui anda de passagem que pode pôr em causa o meu empenhamento de uma vida cívica inteira”, declarou.

Leia esta notícia na íntegra na edição impressa desta quinta-feira, dia 21 de Outubro de 2010, do Açoriano Oriental 


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