Autor: Susete Rodrigues/AO Online
Citado em comunicado, o deputado afirmou que "dependem do cabo submarino os telefones móveis e fixos, a televisão, o funcionamento de toda uma variedade imensa de serviços, a internet e tudo o que nela assenta. A concretização de intenções já devia ter começado e nesta fase importa é acelerar o processo e não andar com jogos de palavras”.
“A continuidade desta interligação dos Açores ao mundo corre o risco de ser desativada brevemente. Dez dos 11 operadores de telecomunicações que integram o consórcio que explora e mantém o cabo submarino manifestaram a intenção de o abandonar até ao final do ano. Esta questão é mais urgente que nunca”, disse o deputado social-democrata açoriano.
Paulo Moniz salientou ainda que aquela intenção da maioria dos operadores que explora o cabo submarino de fibra ótica constitui um “novo problema” para os Açores, “a juntar à questão do fim da vida útil da infraestrutura, que termina até final de 2024”.
“Não perceber que a substituição do cabo submarino se tornou mais urgente que nunca, é subjugar os superiores interesses dos Açores e dos Açorianos aos do Governo da República”, considerou.
Segundo o deputado do PSD/Açores, a partir de janeiro de 2021 “todos os encargos poderão vir a recair sobre um único operador, que, a confirmar-se, terá de suportar todos os custos de manutenção, operação entre outros, ignorando-se se terá capacidade e sequer disponibilidade para o fazer”.
“Não se compreende que o Governo da República continue sem concretizar as recomendações do grupo de trabalho liderado pela ANACOM, já com um ano, sobre esta matéria”, lembrou.
Paulo Moniz voltou a alertar que, caso ocorra uma avaria grave no cabo submarino, “são todas entre as comunicações entre os Açores e o resto do mundo que ficam em causa”.