Autor: Lusa/AO online
"Para os Açores é um passo importante e uma conquista importante. De acordo com o acordo político que será assinado hoje à noite e com a votação de amanhã [quarta-feira], eu só serei primeiro vice-presidente e futuramente presidente do Comité das Regiões porque sou presidente do Governo dos Açores. Esta é, desde logo, uma conquista e uma vitória dos açorianos", considerou o governante, em declarações em Bruxelas aos jornalistas portugueses.
Vasco Cordeiro falava depois da sessão de constituição do sétimo mandato do Comité das Regiões Europeu.
O presidente do Governo dos Açores havia sido indicado em dezembro como candidato pelo Partido Socialista Europeu (PSE) à presidência do Comité das Regiões.
Para Vasco Cordeiro, o comité pode "fortalecer" a sua influência junto de outras instituições europeias assumindo protagonismo, "também político, no processo de construção europeia" e não se centrando em "questões consultivas".
"E assuntos não faltam no momento presente" para analisar e tomar em conta, logo começando pelo próximo quadro comunitário europeu, a vigorar entre 2021 e 2027, concretizou o governante açoriano.
O chefe do executivo dos Açores avançou ainda ter tido já uma "conversa muito interessante e produtiva" com Apostolos Tzitzikostas, que será a partir de quarta-feira, e por dois anos e meio, presidente do Comité das Regiões.
"Penso que estão reunidas todas as condições para que este seja um mandato de sucesso", acredita Vasco Cordeiro.
O comité, criado em 1994 na sequência da assinatura do Tratado de Maastricht, é a assembleia da UE dos representantes regionais e locais dos 27 Estados-membros.
A Comissão Europeia, o Conselho Europeu e o Parlamento Europeu têm de consultar o Comité das Regiões quando elaboram textos legislativos sobre matérias em que as autoridades regionais e locais têm uma palavra a dizer.
Em causa estão áreas como o emprego, política social, coesão económica, transportes, energia ou mudanças climáticas.