Covid-19

Açorianos deslocados regressam a casa esta semana e viagens são reduzidas ao mínimo

Os açorianos que se encontrem deslocados noutra ilha que não a sua de residência deverão regressar a casa “até ao final desta semana” e depois disso só serão autorizadas viagens em situações “urgentes e emergentes”.



“Iremos restringir todas as ligações aéreas e marítimas apenas àquilo que é estritamente essencial”, afirmou o responsável da Autoridade de Saúde Regional dos Açores, Tiago Lopes, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.

Desde o dia 19 de março que as ligações aéreas e marítimas inter-ilhas nos Açores estão reduzidas a transporte de carga e ao transporte excecional de passageiros, com autorização da Autoridade de Saúde Regional, devido à pandemia da covid-19.

No entanto, o volume de pedidos de autorização avolumou-se e várias pessoas, incluindo doentes que se deslocaram para tratamentos e consultas, continuam a aguardar pelo regresso a casa.

Sem precisar o número de deslocados, Tiago Lopes disse que o levantamento destes casos estava feito e que “até ao final da semana” estas pessoas regressariam à ilha de residência.

Depois disso, só serão autorizados “casos urgentes e emergentes”, relacionados com questões de saúde.

“Estamos num estado de emergência, a situação, tanto no continente como nas regiões autónomas, é preocupante e a população, na sequência daquilo que têm sido os nossos apelos, deveria estar também preocupada com a situação e colaborar com as nossas orientações e recomendações”, frisou o responsável pela Autoridade de Saúde Regional.

Segundo Tiago Lopes, a autoridade de saúde continua a receber “um volume inexplicável de pedidos”, incluindo para férias, e há mesmo quem altere o nome ou faça o mesmo pedido em delegações de saúde diferentes para tentar viajar.

“Não é compreensível e aceitável que as pessoas continuem a pensar que podem circular livremente na região e não é aceitável que se tente defraudar as autoridade de saúde, naquilo que concerne aos principais motivos para essas mesmas deslocações”, lamentou.

Em resposta às queixas de algumas pessoas por terem visto o seu período de quarentena prolongado, o responsável defendeu que todas as pessoas deveriam agir como se estivessem em quarentena.

“Em bom rigor, qualquer um de nós deve pensar e mentalizar-se que estamos em quarentena. Estamos em estado de emergência, todos nós devemos estar em casa e sair efetivamente só para aquilo que é estritamente essencial”, reiterou.

Desde o dia 26 de março que os passageiros que aterrem nas ilhas de São Miguel e Terceira (as únicas duas com ligações aéreas ao continente português pela TAP) são obrigados a ficar em confinamento num hotel definido e pago pelo Governo Regional, independentemente de serem residentes ou não.

Com o hotel Marina Atlântico, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, já cheio, os passageiros começam a ser colocados no Lince Azores, na mesma cidade.

Já em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, o confinamento é feito no Hotel do Caracol, mas está já a ser preparado também o Angra Marina Hotel.

A Autoridade de Saúde Regional anunciou ainda que, face à existência de cadeias de transmissão local no arquipélago, vai passar a testar os utentes que provenham da comunidade ou que sejam transferidos de unidades hospitalares para as unidades de cuidados continuados e para as estruturas residenciais de idosos, “no sentido de possivelmente identificar casos positivos de infeção pelo novo coronavírus”.


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