Açores mudam regras de deslocação de doentes

Os Açores têm a partir de hoje novas regras para a deslocação de doentes, que estabelecem que os apoios financeiros passam a ser concedidos em função dos rendimentos e preveem a criação de um complemento para casos oncológicos.


O novo "regulamento de deslocação de doentes do Serviço Regional de Saúde" está hoje publicado no Jornal Oficial da região e havia sido já anunciado pelo presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, a 23 de fevereiro passado, dia em que sublinhou que as novas regras pretendem introduzir "mais justiça".

O texto estabelece que "os doentes têm direito ao valor da comparticipação [diária] de acordo com o rendimento médio mensal por membro do seu agregado familiar, nos termos dos respetivos escalões". Até agora, o valor do apoio era calculado consoante o tempo de deslocação.

Segundo a tabela hoje publicada, a diária concedida ao doente varia entre os 27,21 euros e os 45,35 euros.

No caso da diária concedida ao acompanhante do doente, a variação é entre 12 e 20 euros.

Em comunicado, a Secretaria Regional da Saúde vinca o aumento do valor dos apoios, referindo que, até agora, nas deslocações inferiores a 30 dias, o apoio ao doente era de 24,27 euros diários.

Segundo a Secretaria Regional da Saúde há também um reforço das verbas para os acompanhantes do doente deslocado, assim como para as grávidas e parturientes, que ficam abrangidas pelo "escalão com maior apoio".

Ao abrigo das novas regras, nas deslocações dentro dos Açores, o doente passa, por outro lado, a poder escolher o hospital onde quer receber tratamento ou ser atendido, em função do "tempo máximo de resposta garantido".

A portaria refere, por outro lado, que "será aprovada legislação autónoma tendo por objeto a atribuição, pela Segurança Social, de um complemento especial aos doentes oncológicos, para complementar o apoio conferido ao abrigo do regime de deslocação de doentes do Serviço Regional de Saúde".

A criação deste complemento para os doentes oncológicos foi uma proposta do CDS-PP, apresentada no parlamento dos Açores no âmbito da discussão do orçamento regional para este ano, que teve o apoio da maioria socialista (e dos restantes partidos da oposição).

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João Dâmaso Moniz é diretor-geral da Escola Profissional da Ribeira Grande. Foi neste contexto que liderou a lista única, com várias escolas, candidata à Associação de Escolas Profissionais dos Açores, tendo sido eleito presidente da direção da AEPA no passado dia 12 de dezembro para os próximos três anos. Em entrevista ao Açoriano Oriental, João Dâmaso Moniz fala dos desafios que se colocam atualmente ao ensino profissional nos Açores.