Autor: Lusa/AO Online
Vítor Fraga revelou que as novas obrigações de serviço público no voos inter-ilhas foram publicadas hoje no Jornal Oficial da União Europeia, o que permite o lançamento do concurso na sexta-feira e assim cumprir todos os prazos para a entrada em vigor do novo modelo a 01 de outubro.
"Hoje é um dia muito importante", sublinhou, em declarações aos jornalistas em Ponta delgada, à margem de uma visita a um hotel da cidade, lembrando que o novo modelo para os voos entre as nove ilhas açorianas levará à "maior redução de sempre" dos preços e que se traduzem numa descida média e 20% em relação às tarifas atuais.
O Governo Regional apresentou a 13 de fevereiro as novas obrigações de serviço público para os voos inter-ilhas e revelou nesse dia que o concurso público internacional que será lançado para a sua concessão durante cinco anos terá um valor de 135 milhões de euros.
Como já havia sido anunciado, este novo modelo para os voos inter-ilhas não entrará em vigor em simultâneo com as novas regras para as ligações aéreas entre os Açores e o continente, como era a intenção inicial do executivo regional.
O Governo açoriano já justificou que não foi possível cumprir o prazo inicialmente apontado porque as novas obrigações de serviço público para os voos entre os Açores e o continente, acordadas com o Governo da República, foram publicadas pela Comissão Europeia mais tarde do que o esperado (a 27 de janeiro).
Vítor Fraga destacou hoje que os Açores estão a viver "a maior reforma de sempre" ao nível dos transportes aéreos, com "claras mais-valias para todos os açorianos".
O secretário regional destacou que em relação às viagens entre os Açores e o continente há uma baixa generalizada dos preços, independentemente do aeroporto da região e da companhia aérea.
Vítor Fraga disse-se ainda confiante na preparação de todas as entidades regionais, públicas e privadas, para a nova fase que se avizinha, nomeadamente, com o expectável crescimento do número de turistas, dado o aumento da oferta de voos e da entrada das chamadas 'low cost' no arquipélago, já este mês.
Esta é uma "situação nova", mas foi preparada ao longo do tempo, envolvendo entidades públicas e os privados, afirmou, referindo que há também sinais de "grande confiança" da iniciativa privada, materializada nos pedidos da hotelaria de aprovação de 1.800 novas camas nas ilhas.