Autor: Lusa/AO Online
Em declarações aos jornalistas na ilha de São Jorge, após uma reunião com o presidente da Câmara das Velas e com os responsáveis do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica (CIVISA) e da Proteção Civil, José Manuel Bolieiro apelou ainda às pessoas para abandonarem as fajãs da ilha.
“Pessoas que estejam nas fajãs, a nossa recomendação é evacuarem e proibição de acesso. Estamos agora a definir o perímetro e que fajãs. Se todas as da ilha ou no perímetro relativamente à iminência que está a acontecer. É uma definição que está a ser preparada e que hoje vai ser decidida”, afirmou.
José Manuel Bolieiro, que lidera o Governo Regional PSD/CDS-PP/PPM, acrescentou que a decisão de apelar às pessoas para abandonarem as fajãs também vai ser tomada “tendo em conta a informação meteorológica”, uma vez que está prevista chuva para os próximos dias em São Jorge, que poderá dificultar operações de resgate.
O governante reforçou que está “tudo preparado” caso seja necessário proceder à retirada das pessoas da ilha.
“Não travamos ninguém dessa oportunidade de se ausentar da ilha porque não estamos a promover um exercício comunicativo alarmista. No entanto, vemos com bons olhos essas opções e estamos a assegurar os meios necessários”, apontou.
A ilha de São Jorge tem mais de sete dezenas de fajãs - pequenas planícies junto ao mar que tiveram origem em desabamentos de terras ou lava – que são, desde 2016, Reserva da Biosfera da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura e dos locais mais procurados pelos turistas.
A atividade sísmica na ilha de São Jorge "continua acima do normal" e nas últimas horas "foram sentidos 11 sismos", informou o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).