Açoriano Oriental
PSD
“A democracia adoece se a abstenção alastra”
A feira do gado, em Santana, é, em tempos de campanha, passagem obrigatória e na passada quinta-feira, foi lá que, uma vez mais, as comitivas sociais democratas e populares se encontraram.
“A democracia adoece se a abstenção alastra”

Autor: Olímpia Granada

Os  jornalistas não resistiram então a perguntar a Mota Amaral se o acaso era premonitório de uma eventual coligação pós-eleitoral, caso os resultados do próximo domingo o proporcionem.
“Já fomos parceiros numa coligação e demo-nos muito bem (...) mas agora, estamos aqui propondo a nossa candidatura,  é a nossa campanha, recebendo de braços abertos quem vier por bem!”, respondeu.
E em campanha, o cabeça de lista do PSD pelos Açores às eleições do próximo domingo, apelou ao voto e cumprimentou muitos dos agricultores pelo nome próprio, que procuravam fazer negócio em tempos que dizem ser difíceis:”O pior que ‘tá aí é que não há dinheiro... “, ouviu-se.
Por isso, respondeu o candidato, “é preciso mudar”.
Uma mudança que o candidato disse estar no PSD, em torno de um projecto “protagonizado por Manuela Ferreira Leite”  em que o candidatos sociais democratas pelos Açores “empenham o seu crédito pessoal”.
No entanto, Mota Amaral, aos microfones dos jornalistas, apelou a que, independentemente do  ‘sítio da cruz’, os cidadãos saiam de casa no próximo domingo. 
 “Precisamos de votos, a nossa Região, o nosso País, precisa que os cidadãos assumam as suas responsabilidades (...), é impossível governar sem o apoio dos cidadãos. A democracia adoece se a abstenção alastra!” disse.
“As pessoas votam livremente, o PSD apresenta as suas propostas com toda a objectividade” e, numa alusão aos incidentes mais mediáticos da campanha a nível nacional, Mota Amaral considerou que os sociais democratas não se esconderam “atrás de cortinas de fumo”.
No mesmo dia em que foi divulgada uma sondagem desfavorável ao PSD, comentou ainda que “o que conta, é a contagem dos votos no dia das eleições!”

Do ‘petromax’ à geotermia
A importância da participação cívica tornou a ser mais tarde abordada por Mota Amaral, a jeito de recordação, na estação geotérmica do Pico Vermelho, também no concelho da Ribeira Grande.
Ali, lembrou os tempos em que se faziam por escolas da ilha, ainda antes do 25 de Abril, sessões de esclarecimento iluminadas por ‘petromax’ ou, até, candeeiros a petróleo.
Para o candidato e ex-presidente do Governo Regional é com “satisfação” que vê o projecto da geotermia implementado e em crescimento.
Questionado sobre o seu início, contou que “não faltava quem criticasse...aqueles temores apocalípticos sobre a utilização da energia geotérmica”.
Ora hoje, defende, é uma componente fundamental para a produção de energia eléctrica”, colocando a Região na ‘ponta’ das “exigências ecológicas”.
E sobre energia eléctrica, confrontado com o anúncio de José Sócrates em entrevista ao Açoriano Oriental de que a dívida à EDA pelo Estado - devida pela convergência do tarifário -, ia ser paga, respondeu que “ficava satisfeitíssimo”.
Mas não sem acrescentar  que “foi no tempo do governo do PSD/CDS que foi definida uma regra” de pagamento que depois o PS não cumpriu.

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados