Açoriano Oriental
Saúde
635 ME "não espelham" o endividamento do sector da Saúde
O secretário regional da Saúde dos Açores, afirmou que os 635 milhões de euros que resultam do "somatório dos passivos" do sector "não espelham o endividamento" da saúde no arquipélago, que ascende a 597 milhões de euros.
635 ME "não espelham" o endividamento do sector da Saúde

Autor: Lusa/AO online
“O endividamento do sector da saúde em 2010 não é de 635 milhões de euros. Isso é o valor que resulta do somatório dos passivos", afirmou Miguel Correia, acrescentando que é necessário "descontar rubricas que correspondem mais a um passivo numa óptica económica e não financeira, como diferimentos, provisões ou ainda dívidas que existem entre as unidades de saúde".

Segundo o secretário regional, "descontando estes valores, o endividamento em 2010 do sector da saúde é de 597 milhões de euros, o que corresponde a um passivo financeiro de 399 milhões de euros e a um passivo comercial de 198 milhões".

Os dados divulgados pelo Governo Regional na resposta a um requerimento apresentado pelo PSD na Assembleia Legislativa dos Açores indicam que a SAUDAÇOR, sociedade de capitais públicos regionais que gere os equipamentos e recursos do sector, apresentava no final de 2010 um passivo de 282,7 milhões de euros, enquanto os hospitais de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, transformados em entidades públicas empresariais, deviam, em conjunto, mais de 352,5 milhões de euros no final do ano passado.

Os valores em causa referem-se a financiamentos a curto, médio e longo prazo, a dívidas a fornecedores, ao Estado e a outros entes públicos e ainda à rubrica de "outros credores".

Num comentário a estes valores, Miguel Correia frisou que se trata do valor do "somatório do passivo", acrescentando que "não quer dizer que seja a dívida".

Por outro lado, o secretário regional da Saúde salientou que o crescimento de 11,5 por cento do passivo do setor em 2010 "é inferior ao que se verificou" no ano anterior, quando atingiu 16 por cento, assegurando que "está a desacelerar o crescimento da dívida".

"O aumento da dívida existe, porque continuam a existir prejuízos nos hospitais públicos", afirmou, acrescentando a necessidade de diminuir os custos dos hospitais, o que já terá sido possivel em 2010.
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