Açoriano Oriental
38 mil médicos escolhem 14º bastonário
Cerca de 38 mil médicos escolhem hoje o 14º bastonário da sua ordem profissional, depois de uma campanha marcada pela polémica em torno do código deontológico, tema espoletado pela legalização do aborto em Portugal.

Autor: Lusa/Ao online
Pedro Nunes, actual bastonário, recandidata-se ao cargo e é o único dos três candidatos a defender a manutenção do artigo do código deontológico que estabelece a prática de aborto como uma "falha grave".

    Isto apesar de o ministro da Saúde, António Correia de Campos, ter dado indicação à Ordem para alterar o artigo 47º do código deontológico, na sequência de um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que manda "repor a legalidade do regulamento" por contrariar a nova lei da interrupção voluntária da gravidez.

    Este artigo estabelece que “o médico deve guardar respeito pela vida humana desde o seu início” e que “constituem falta deontológica grave quer a prática do aborto quer a prática da eutanásia”.

    Os outros dois candidatos - Carlos Santos Silva e Miguel Leão - defendem que o código deve ser alterado face à nova lei que despenaliza a interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas, apesar de criticarem a atitude do ministro da Saúde.

    Unidos contra a política de saúde de António Correia de Campos, os três candidatos prometem uma discussão com resultados sobre o Código Deontológico, matéria que tem sido abordada nos últimos anos com alguma regularidade e a propósito de temas como o aborto ou a eutanásia.

    As eleições realizam-se entre as 08:00 e as 20:00 nas três secções regionais (Norte, Centro e Sul) da Ordem.
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