Rui Câmara - Licenciado em Ciências Políticas

Opinião

Um Arquipélago à espera de um check-in

Aqui nos Açores, viajar nunca foi um luxo, é uma condição de existência. É ipsis literis o nosso solo cívico. E esta recente intriga da Ryanair não é um mero ajuste de mercado; é um abalo sísmico na mobilidade de uma comunidade inteira, muito mal assimilado pelo poder Central.
Vivemos numa dependência aérea tão estrutural que...

Conteúdo exclusivo para subscritores.

Estar informado custa menos do que um café por dia!

Inclui acesso à totalidade das edições impressas, em formato digital, dos jornais e dos respetivos suplementos semanais ou da revista.

Mais artigos de Rui Câmara - Licenciado em Ciências Políticas


Produtividade à custa da Dignidade

A discussão sobre a reforma laboral surge sempre com o mesmo léxico perfumado: modernizar, flexibilizar e adaptar. Verbos elegantes,...

Divertindo-nos até à Morte

Vivemos numa época em que a política deixou de ser discutida para ser, sobretudo, consumida. O debate cívico em Portugal há muito que se confina aos estúdios televisivos. A televisão transformou-se...

A cultura do cargo

Em Portugal, a demissão é tratada como um castigo, quando deveria ser um gesto de respeito. Continuamos a assistir ao mesmo ritual: perante cada falha grave ou suspeita política, a oposição exige a...

O paradoxo do bloqueio: democracias que decidem não decidir

A democracia contemporânea enfrenta uma contradição inquietante: em muitos sistemas plurais, a sobrevivência de minorias transformou-se...

Política de rosto coberto

A contenda sobre a proibição do uso da burca não é um capricho legislativo: é um choque que atinge os fundamentos da laicidade e da identidade europeia. Quando o Estado invoca a segurança e a transparência...

A vitória da geografia: onde morre a ideologia, começa a autarquia

As eleições autárquicas revelaram que a geografia fala mais alto do que a ideologia. A democracia local reafirmou-se como o espaço onde o eleitorado suspende a lógica partidária e privilegia o reconhecimento...

O reflexo desfocado: como devemos ler as autárquicas

As eleições autárquicas são, por natureza, um momento muito pessoal da democracia. O voto que nelas se deposita orienta-se mais...

Aqui ninguém vai para o céu...

A apatia cívica que hoje asfixia o tecido social português não é, de todo, uma manifestação de preguiça, mas sim a resposta racional ao esgotamento político. O que outrora se traduzia em indignação...

Liberdade de expressão “à la carte”

O que devia ser a base onde todas as fações se encontram, tornou-se, nos últimos tempos, a maior arma da conveniência. O debate sobre a liberdade de expressão migrou do princípio universal para o campo...

Os risos que escondem o perigo

Há certas ironias em que o mais ridículo é também o mais revelador. A confusão entre uma festa de cidadãos e um alegado “festival...

Responsabilidade Política: até onde?

A cada tragédia ou crise que atravessa a vida coletiva, regressa sempre a mesma discussão: quem assume a responsabilidade política? Não falemos de culpas técnicas ou judiciais — essas pertencem a tribunais,...

O ritual e a metáfora: dois retratos do poder

A rentrée: o ritual do poder
A rentrée política é um ritual previsível, mas inevitável. Setembro marca o recomeço do jogo político, onde se define a agenda e o enquadramento do debate público. É...

PUB