Pelas ruas da cidade, as luzes cintilam como promessas baratas. Acendem e apagam-se ao som da música e ninguém se pergunta o que sobra quando a luz falta. Dezembro tem esse ar de cenário artificial — como se o Natal fosse espetáculo de luz e não desafio à reflexão.
Saí tarde do hospital, o corpo a pedir cama, a cabeça a recusar...
