Açoriano Oriental
Jornal de campanha
"Vamos ver como as pessoas decidem"
Os últimos discursos da campanha foram feitos ontem à noite em Ponta Delgada, hoje é dia de caravana e das últimas acções de rua. No jantar-comício de encerramento, líder do PSD reagiu a sondagem que dá maioria ao PS dizendo com satisfação que contribui para maior mobilização.

Autor: Olímpia Granada
Carlos Costa Neves entrou ontem acompanhado de Anabela Neves, pela primeira vez em São Miguel. No jantar-comício de encerramento da campanha eleitoral para as Legislativas Regionais de 2008, em Ponta Delgada, o PSD escolheu um terreno neutro na cidade gerida por Berta Cabral, cabeça de lista por São Miguel, e onde foi montada uma tenda no parque de estacionamento da Madruga.
Militantes, simpatizantes e candidatos do PSD que integram a lista pela maior ilha açoriana juntaram-se ontem  ao candidato a presidente do Governo Regional dos Açores.
De quem o mandatário regional, Pedro Nascimento Cabral, fez o elogiou e recordou o currículo e experiência política. Seguiu-se Berta Cabral que começou por dizer como gostou de ver a tenda cheia. ”Obrigado a todos por estarem aqui (...) algumas caras que já não via há tanto tempo, para dar um estímulo a Costa Neves que anda há 30 dias por todas as nove ilhas”.
Elencou, então, todas as dificuldades que têm vindo a ser denunciadas pelos sociais democratas durante o período de campanha, nomeadamente os efeitos da crise financeira e económica na Região. Berta Cabral apelou então ao voto no PSD e em Costa Neves no próximo domingo: “Pedimos a todos os açorianos, aos que estão aqui e aos que estão em casa, dêem-nos a vossa confiança” porque - acrescentou - “os Açores não podem ser as ‘minhas’ ilhas, como disse ontem (quarta-feira no debate) Carlos César”. Costa Neves subiu ao palco cerca das 21h00. “Excelentes candidatos” foi como se referiu à lista por São Miguel. Depois, e à semelhança de outros jantares-comício, disse: “Todos os que aqui estão, vieram de livre vontade, estão aqui para ouvir propostas e não para ouvir propostas entre Toni Carreira e Quim Barreiros”, aludindo aos eventos socialistas e a gastos que continua a apelidar como “vergonhosos”. Criticou ainda  a satisfação de Carlos César com o aumento das transferências de Estado  para a Região em 2009 porque se esqueceu “da dívida à EDA de mais 50 milhões de euros e que vai continuar sem ser paga, do aumento da electricidade que vem aí, esqueceu-se da falta de reforço dos meios policiais”.
À margem do jantar-comício, AO e Açores/TSF pediram a Costa Neves uma reacção à sondagem revelada pela SIC (ler última página do jornal).
“Fico muito contente que haja finalmente uma sondagem nos Açores” porque “nós não temos dinheiro para as pagar, o Governo socialista fá-lo com o dinheiro de nós todos e não as mostra a ninguém, os órgãos de comunicação social nos Açores não têm capacidade para as fazer, a própria rádio e televisão públicas dos Açores não consideraram  isso importante”, disse. Para o líder do PSD é “útil” porque permite, mesmo apontando uma nova maioria socialista, “ajustamento de intenções de voto, quer no PSD ou quer noutros partidos que não no PS” e “para mobilizar as pessoas”.
Costa Neves concluiu quanto ao dia das eleições que “vamos ver o que as pessoas decidem (...), ou mais do mesmo ou mudar. Quem achar que está bem escolha mais do mesmo, quem quiser mudar que vote na mudança”.
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