Açoriano Oriental
Universidade dos Açores vai receber 1,2 ME anuais entre 2020 e 2023

A Universidade dos Açores vai receber entre 2020 e 2023 um reforço financeiro de 1,2 milhões de euros anuais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, foi anunciado na quarta-feira pelo presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro.

Universidade dos Açores vai receber 1,2 ME anuais entre 2020 e 2023

Autor: Lusa/AO Online

“Da parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior foi assegurada a disponibilidade e o compromisso em, de 2020 a 2023, reforçar o financiamento da Universidade dos Açores em cerca de 1,2 milhões de euros por ano, num total de 4,8 milhões”, declarou Vasco Cordeiro, na residência oficial do executivo, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

O presidente do Governo dos Açores anunciou a 28 de janeiro a realização de uma reunião, hoje, entre o executivo, o ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, e o reitor da Universidade dos Açores, João Luís Gaspar, para ultrapassar dificuldades no financiamento da academia.

Relativamente à pretensão da academia açoriana de aceder a verbas comunitárias - algo que está impedida atualmente - Vasco Cordeiro referiu que o atual quadro financeiro plurianual está em fase final, tendo sido negociado em 2013, altura em que “não foi contemplado no acordo de parceria celebrado entre o país e a Comissão Europeia a possibilidade das universidades insulares acederem a fundos comunitários de programas nacionais”.

Para o líder do executivo, a dez meses do fim do atual quadro comunitário de apoio não é possível alterar este cenário, mas “há, sobretudo, um compromisso político do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do Governo Regional e da própria Universidade dos Açores” de colocar esta questão no âmbito das perspetivas financeiras 2021-2027.

No capítulo da remuneração complementar, Vasco Cordeiro recordou que esta é uma obrigação imposta pelo Orçamento do Estado, mas acrescentou que “se vai ter em atenção esta questão no âmbito do cálculo de financiamento da Universidade dos Açores, isolando este aspeto daquilo que é o cálculo global que se faz”.

De acordo com o líder do executivo socialista, este é um exemplo concreto de uma “autonomia de resultados”, sendo-se “capaz de, face a uma situação em que havia entendimentos diferentes, ser possível criar condições em beneficio da Universidade e da região".

Vasco Cordeiro explicou que, após contatos prévios entre Governo Regional dos Açores, Universidade dos Açores e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, foi “possível alcançar um acordo”, que será “formalizado nos próximos tempos”, mas que não substitui o contrato de legislatura celebrado entre a tutela e todas as universidades do país.

“Estes termos do acordo que hoje foi fechado tratam de forma especifica aquilo que é específico da Universidade dos Açores”, disse o líder do executivo regional, exemplificando com a insularidade e a tripolaridade da academia açoriana.

O governante destacou que para além das questões financeiras asseguradas no acordo, existe um “conjunto de aspetos que visam o objetivo maior de fortalecimento da Universidade dos Açores para esse trajeto que interessa aos Açores e ao país”.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, considerou, por seu turno, que “as especificidades dos Açores sempre foram reconhecidas e valorizadas”, daí que se tenha apostado no Centro de Investigação do Atlântico na região, se tenha montado a Agência Espacial, além de se ter trabalhado “sempre em contínuo com a Universidade dos Açores”.

“Agora, há que perceber que todas as instituições têm especificidades, por isso, a corresponsabilização de autores, própria do Governo por aquilo que é a eficiência da despesa pública e do erário público tem que acudir a todas as situações, valorizando sempre Portugal no contexto europeu”, disse.

O reitor da Universidade dos Açores, João Luís Gaspar, considerou que foi possível chegar a um acordo que “permite afirmar que estão ultrapassadas algumas das questões que levaram a academia a considerar que não haviam todas as condições para assinar o contrato de legislatura” com o Ministério, tendo-se manifestado satisfeito com o resultado final.

João Luís Gaspar referiu que os montantes referidos por Vasco Cordeiro “eram os necessários para garantir aquilo que é a atuação da Universidade na missão que está hoje definida”.


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