Autor: Lusa/AO online
A academia açoriana, no seu parecer sobre a anteproposta de Plano para 2014, enviado para o Conselho Regional de Concertação Estratégica, defende um reforço de verbas de 350 mil euros (a verba inscrita no documento) para 700 mil euros.
De acordo com o parecer, a tripolaridade “faz com que a maioria dos cursos funcione com poucos alunos”, mas estes são “maioritariamente do arquipélago”, o que “revela o papel social que a Universidade dos Açores exerce na região”.
“Ao contrário do que se passa nas outras universidades, a Universidade dos Açores não tem possibilidade de acomodar os cortes verificados nas transferências do Orçamento do Estado, assim como o aumento de encargos, sobretudo para a Caixa Geral de Depósitos, através de receitas próprias, o que tem levado a uma notória degradação da mesma e das suas funções”, lê-se no parecer.
A Universidade dos Açores congratula-se, por outro lado, com a inscrição na anteproposta de uma verba de 1 milhão de euros ao abrigo de um contrato com o Governo dos Açores que visa o crescimento económico e a criação de emprego.
Já a Associação dos Consumidores da Região Açores (ACRA), no seu parecer sobre a mesma anteproposta, considera que os consumidores “estão a ser prejudicados” pelo atual modelo de transporte aéreo entre o arquipélago e o continente.
“As tarifas aéreas cobradas atualmente continuam exageradamente elevadas quando comparadas com as tarifas praticadas por outros operadores em rotas semelhantes, entenda-se tempo de voo e distância”, refere a ACRA.
A associação frisa que “caso ainda existam dúvidas de que a abertura a novos operadores teria como consequência uma diminuição das tarifas nas rotas abertas à concorrência, basta comparar as tarifas cobradas entre Funchal e Lisboa”.
A ACRA defende ainda ser “fundamental” e “crucial” a redução do tarifário aéreo inter-ilhas como forma de “aumentar a coesão territorial do arquipélago”.
Quantos aos conselhos de ilha, o de S. Jorge dá parecer negativo ao documento, porque "não espelha as preocupações manifestadas ao longo dos anos" aos vários governos açorianos sobre questões "de extrema importância e que continuam a não estarem contempladas".
Já a Graciosa congratula-se com o aumento do investimento na ilha, enquanto que as Flores é favorável ao documento mas lamenta as "verbas irrisórias para alguns projetos e a "falta de referência" à construção do porto de pescas do Cais das Poças, em Santa Cruz.
A ilha do Faial aponta que “alguns dos objetivos do documento transitam de anos anteriores e que outros desapareceram das intenções do Governo sem que tenham sido concluídas”, enquanto o Conselho de Ilha do Corvo aprovou, por unanimidade, o Plano para 2014.
As restantes ilhas não enviaram parecer.
O plano e orçamento dos Açores para 2014 serão debatidos e votados pelo parlamento da região no final do mês.