Autor: Lusa/AO Online
O estudo, publicado terça-feira durante uma conferência de imprensa em Nova Iorque, sublinha que a prioridade é proibir a possibilidade de retirar um lucro financeiro do corpo humano, “fundamento de qualquer consideração relativa aos transplantes de órgãos”.
O documento afirma que a preferência deveria sempre ser dada à retirada de órgãos de pessoas mortas que tivessem feito a doação, sublinhando a necessidade de tomar medidas para “aumentar a disponibilidade de órgãos”.
O estudo lamenta o que considera uma confusão generalizada nos meios científicos e legais entre “o tráfico de órgãos” e “o tráfico de seres humanos com o objectivo de retirar órgãos”.
Os autores do estudo (norte-americanos, austríacos e espanhóis) desejam que se estabeleça uma distinção entre estes dois tipos de tráfico, que requerem segundo eles soluções diferentes.
As mesmas fontes sublinham a necessidade de criar uma recolha eficaz de informações sobre os dois tráficos, sublinhando que o seu estudo abrange unicamente o tráfico de órgãos num objectivo de transplante.
Este tráfico assume frequentemente a forma “de um turismo de transplante”, com receptores prontos a desembolsar somas elevadas, originários geralmente dos países ricos, que procuram órgãos em países onde as medidas de controlo e protecção dos doadores vivos não existem ou não são aplicadas.
De acordo com o estudo, entre 5% e 10% dos transplantes de rim realizados anualmente em todo o Mundo resultam deste tráfico.