Açoriano Oriental
UGT e CGTP dizem haver condições para aumentos salariais nos Açores

A UGT/Açores e a CGTP/Açores defenderam hoje haver espaço orçamental para aumentos salariais na região, sendo necessário também combater a precariedade e atualizar a remuneração complementar para os trabalhadores da administração regional.


Autor: Lusa/AO Online

Ambas as centrais sindicais estiveram hoje reunidas, à vez, com o Governo dos Açores no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Orçamento Regional e de Plano Anual para 2019.

"Cremos que há condições para um aumento dos salários", frisou Afonso Quental, vice-presidente da UGT/Açores, falando aos jornalistas no final do encontro com o executivo regional.

Também a CGTP, pelo coordenador regional João Decq Mota, realçou ser fundamental o aumento dos salários, "elemento indissociável da valorização das profissões, competências, experiências e qualificações".

A CGTP defende ainda que a "situação laboral no setor turístico", entre outros, incorpora "contratos sistematicamente precários", o que deve evoluir para uma situação de maior estabilidade.

A UGT, por seu turno, advoga ser necessário "um maior investimento" quer no setor público quer no privado, que gere "mais criação de empregos e mais justiça social" na região autónoma.

O presidente do Governo dos Açores está hoje a receber, no Palácio de Santana, em Ponta Delgada, os parceiros sociais e partidos políticos para a preparação do Plano e Orçamento para 2019, documentos que deverão ser apresentados na Assembleia Legislativa no final de outubro.

Vasco Cordeiro, acompanhado pelo vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila, recebe, durante a manhã, além das centrais sindicais, a Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, a Federação Agrícola dos Açores, a Federação das Pescas dos Açores e o PCP.

Durante a tarde decorrem as audições aos representantes do BE, CDS-PP, PSD e PS.

O PPM informou que não se irá fazer representar nas audições, em protesto com a tomada de posição do Governo Regional em relação à ausência de cozinha e refeitório escolares na escola Mouzinho Silveira, na ilha do Corvo.

A reunião do Conselho Regional de Concertação Estratégica, onde serão analisadas as propostas do Plano e Orçamento da Região para o próximo ano, terá lugar no final deste mês.

As medidas serão depois submetidas a aprovação em Conselho de Governo e entregues na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, onde serão sujeitas a debate e votação em plenário.

O Orçamento dos Açores para 2018 foi aprovado com os votos contra de oposição e é de 1.292 milhões de euros, valor sensivelmente igual ao de 2017, enquanto o Plano de Investimentos global é de 753 milhões de euros, um decréscimo de cerca de 3% face ao de 2017.


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