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Médio Oriente
Trump ameaça “erradicar” Hamas se grupo extremista violar cessar-fogo em Gaza

O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, assegurou que o Hamas será “erradicado” se voltar a violar o acordo de cessar-fogo em Gaza, depois de Israel ter denunciado alegadas violações da trégua

Trump ameaça “erradicar” Hamas se grupo extremista violar cessar-fogo em Gaza

Autor: Lusa/AO Online

“Fizemos um acordo com o Hamas segundo o qual eles vão comportar-se bem e, se não o fizerem, vamos erradicá-los, se necessário. Vão ser erradicados e sabem disso”, ameaçou Trump, em declarações aos jornalistas na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, que está de visita a Washington.

A declaração surge num contexto de tensão crescente no terreno, após a morte de pelo menos 45 palestinianos em ataques israelitas realizados no domingo contra posições do Hamas, segundo a Defesa Civil de Gaza.

Israel insiste que os bombardeamentos foram uma resposta a disparos do Hamas, o que o movimento radical palestiniano desmentiu.

Enquanto Trump falava em Washington, os enviados norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner reuniam-se em Jerusalém com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para discutir a aplicação do cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos e em vigor desde 10 de outubro.

O Presidente norte-americano garantiu, contudo, que as forças dos EUA não irão intervir militarmente contra o Hamas, assegurando que “dezenas de países” já manifestaram disponibilidade para integrar uma força internacional de estabilização em Gaza.

“Israel interviria em dois minutos, se eu pedisse. Mas, por enquanto, não pedi. Vamos dar uma pequena oportunidade e esperar que a violência diminua um pouco”, disse Trump.

O líder norte-americano argumentou ainda que o Hamas está enfraquecido, em parte porque o Irão, o seu principal aliado, “não está em posição de intervir” após os ataques norte-americanos e israelitas realizados em junho passado contra alvos no território iraniano.

A primeira fase do cessar-fogo, assinado com a mediação de Washington e de outros países como Egito, Qatar e Turquia, prevê a libertação de reféns e de prisioneiros palestinianos, a retirada gradual das forças israelitas e o reforço da ajuda humanitária a Gaza.

No entanto, as acusações mútuas de violações da trégua ameaçam fragilizar o acordo e reacender o conflito.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 68 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.


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