Açoriano Oriental
Trotinetas elétricas já chegaram a nove cidades e vilas portuguesas

As plataformas de trotinetas elétricas já estão disponíveis em pelo menos nove cidades e vilas portuguesas, depois de terem chegado a Portugal em outubro do ano passado, criando centenas de postos de trabalho, segundo dados de empresas do setor.


Autor: AO Online/ Lusa

Lisboa, Almada (distrito de Setúbal), Cascais (distrito de Lisboa), Faro, Coimbra, Maia (distrito do Porto), Gondomar (distrito do Porto), Figueira da Foz (distrito de Coimbra) e Matosinhos (distrito do Porto) são os nove municípios que já acolhem esta forma de mobilidade.

A operar há cerca de oito meses em Portugal, a Lime foi a primeira marca a introduzir as trotinetas elétricas em território português, com cerca de 400 viaturas em Lisboa, tendo adotado a mesma estratégia em Coimbra, no início de março, também com pelo menos 400 equipamentos.

Para usar uma trotineta é necessário descarregar para o telemóvel a aplicação mais conveniente e saber onde estão os veículos para poder desbloqueá-los.

Todas as plataformas de trotinetas têm um custo de viagem de um euro para desbloquear, mais 15 cêntimos por minuto de utilização.

Em Lisboa desde abril de 2019, a Bird, com cerca de 500 trotinetas e 10 trabalhadores, estimula os cidadãos a terem práticas responsáveis de manutenção das viaturas, contando com o programa “Bird Watcher”, que controla a localização e o estado das trotinetas.

A Circ - antiga Flash, que mudou de nome em 14 de junho – é a única operadora presente em todas as nove cidades e vilas.

À Lusa, a plataforma de micromobilidade indicou que o número de trotinetes é coordenado com os municípios, não adiantando quantidades.

De acordo com a empresa, já foram criados dezenas de postos de trabalho – num número não especificado - responsáveis pela recolha, pelo carregamento e pela verificação de segurança das trotinetas, um processo idêntico ao do programa de ‘juicers’, da Lime, que conta com centenas de colaboradores.

Sem avançar com números de veículos disponibilizados, a Hive revelou que possui uma equipa de mais de 70 pessoas, divididas pela manutenção e apoio ao cliente, e pela organização das trotinetas.

Também a Tier não divulgou dados sobre a quantidade de equipamentos, explicando que ajusta a frota à procura, tendo cerca de 20 pessoas empregadas na capital portuguesa.

A agência Lusa contactou as nove empresas de trotinetas elétricas que operam em Portugal, sendo que quatro não responderam - Wind, IOMO, Bungo e Voi.

Na capital portuguesa, atualmente, existem quase duas dezenas de serviços de partilha de veículos elétricos a partir de aplicações de telemóvel: além dos nove serviços de trotinetas, há dois de bicicletas elétricas, dois de motas e quatro de carros.

Os dois serviços de partilha de bicicletas elétricas são a Gira (sistema público) e a JUMP.

Com cerca de 50 trabalhadores, a Gira – gerida pela empresa municipal EMEL – tem um sistema com 700 bicicletas, com 74 estações. A rede de bicicletas partilhadas, elétricas e convencionais, prevê o alargamento da frota para 3.000 viaturas e 300 estações.

A JUMP, da Uber, que também emprega 50 pessoas, referiu que cobre 100% do território lisboeta, 24 horas por dia, com 1.750 bicicletas elétricas.

Em relação à rede de partilha de motas, funcionam na cidade a eCooltra e a Acciona.

A eCooltra opera na capital portuguesa desde 2017 e a Acciona desde o fim de maio de 2019, empregando cerca de 10 colaboradores, com uma frota de cerca de 300 viaturas.

Em declarações à Lusa, a Acciona explicou que o processo de expansão para outras cidades portuguesas deverá ser analisado “caso a caso”.

“Levaremos sempre em consideração a viabilidade estratégica da oferta, bem como a exigência do melhor serviço a todos aqueles que recorrem à Acciona Motosharing”, frisou a empresa.

A capital portuguesa conta ainda com quatro empresas de ‘carsharing’, com a partilha de carros elétricos: Emov, DriveNow, Hertz 24/7 City e Citydrive.



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