Trabalhadores de IPSS açorianas cumprem hoje um dia de greve

Os trabalhadores das creches, jardins-de-infância e ATL das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) dos Açores cumprem um dia greve pelo horário semanal de trabalho de 35 horas e pela defesa dos seus direitos



A greve decorre entre as 00h00 e as 24h00 desta terça-feira e foi marcada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Bebidas e Similares, Escritório, Comércio e Serviços, Hotelaria e Turismo, Transportes e Outros Serviços (SITACEHTT).

Segundo o sindicato, a paralisação tem como objetivo repudiar as alterações à legislação laboral propostas pelo Governo da República, exigir o horário semanal de trabalho de 35 horas e a “dignificação dos trabalhadores do setor das instituições particulares de solidariedade social nos Açores”.

Além disso, acrescenta o SITACEHTT, a greve também surge “como resposta à ameaça de não pagamento do subsídio de Natal” aos trabalhadores do setor social, um direito considerado "fundamental para a estabilidade financeira das famílias, sobretudo na época festiva".

No âmbito da jornada de luta, a estrutura sindical realizará, entre as 10h00 e as 11h00, uma concentração de trabalhadores das IPSS açorianas, em frente às instalações da Secretaria Regional da Saúde e Solidariedade Social, na cidade de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

A URIPSSA - União Regional de Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores e a URMA - União Regional de Misericórdias dos Açores indicaram recentemente que corriam o “risco iminente” de falta de pagamento dos salários de novembro e do subsídio de Natal aos trabalhadores.

O assunto tem sido referido nas últimas semanas por sindicatos e partidos políticos da região.

Na sexta-feira, o presidente da URMA - União Regional de Misericórdias dos Açores, Bento Barcelos, referiu à agência Lusa que o subsídio de Natal dos 2.550 trabalhadores das 23 Misericórdias dos Açores vão ser pagos até ao dia 15 de dezembro.

Bento Barcelos afirmou que “nunca estiveram em causa dificuldades do ponto de vista do salário de novembro” dos trabalhadores e que, relativamente ao subsídio de Natal, “poucas eram as Misericórdias que tinham dificuldades de liquidez para fazer este pagamento”.


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