Autor: Lusa/AO Online
Segundo o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Bebidas e Similares, Comercio Escritórios e Serviços, Hotelaria e Turismo dos Açores (SITACEHT/AÇORES), para além da progressão das manipuladoras na carreira profissional, pretende-se assegurar a “dignificação e valorização do trabalho, a conciliação da vida profissional com a pessoal e familiar", bem como o "aumento do subsídio de alimentação e das diuturnidades e aumentos salariais justos”.
As trabalhadoras vão exercer o direito à greve “às horas extraordinárias” de 02 de janeiro de 2023 a 28 de abril de 2023, às segundas e sextas-feiras.
A Cofaco possui atualmente uma unidade de transformação na vila de Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel, tendo entretanto desmantelado a unidade que tinha na ilha do Pico.
Na categoria de manipuladora, a estrutura sindical sugeriu que essa fosse dividida “em, pelo menos, três níveis, para que as trabalhadoras beneficiem de distinção e aumentos salariais, uma vez que os únicos aumentos que estas trabalhadoras têm são os decorrentes do aumento da retribuição mínima regional”.
“Não é digno que uma pessoa trabalhe trinta, quarenta ou cinquenta anos, auferindo sempre o salário mínimo e estando impossibilitada de progredir na categoria profissional”, afirma o SITACEHT/AÇORES.
De acordo com o sindicato, a administração da COFACO, detentora de marcas Bom Petisco, Tenório e Piteu “ não aceita esta pretensão da dignificação profissional das trabalhadoras, pelo que não resta outra alternativa às trabalhadoras e ao SITACEHT/AÇORES, que não seja avançar” para a greve.
A 19 de outubro, cerca de 60 trabalhadoras da conserveira Cofaco manifestaram-se à porta da empresa exigindo "a progressão na carreira profissional de manipuladora", um Acordo de Empresa e "salários justos".
As trabalhadoras exibiam cartazes com as inscrições “Temos família e compromissos para cumprir, não brinquem mais connosco” e “Cofaco escuta, não nos vamos calar”, que replicavam com frases de ordem como “Sentimo-nos traídas e abandonadas” e “queremos um Acordo de Empresa".