Autor: Lusa/AO Online
"O desemprego subiu uma décima desde o último mês e isso quer dizer que, apesar de a nossa economia estar melhor agora e apesar de termos saído da recessão técnica, não está ainda a gerar empregos, ainda está a perdê-los", comentou o primeiro-ministro à margem da cerimónia da entrada em vigor do Tratado de Lisboa.
José Sócrates comentava assim os números hoje divulgados pelo Gabinete de Estatística da União Europeia segundo os quais a taxa de desemprego em Portugal atingiu 10,2 por cento em Outubro.
No entender do chefe do Governo, este cenário só poderá ser contrariado com políticas de incentivo à economia que permitam a criação de emprego.
"Espero que a continuação destas políticas possa finalmente abrandar o ritmo de aumento do desemprego no próximo ano", sublinhou.
"O aumento do défice em Portugal serviu para sustentar a nossa economia, para a fazer sair da recessão, estamos com um terceiro trimestre que regista um dos maiores crescimentos da Europa - este ano vamos ter um decréscimo económico muito inferior ao da média europeia - e isso deve-se às políticas que seguimos", afirmou.
O primeiro-ministro ressalvou que à falta destas medidas, levadas a cabo em toda a Europa desde o início do ano, "os números seriam ainda bem piores".
"Os cenários mais catastróficos do início do ano podemos hoje pô-los de parte graças à acção consequente dos Estados que aumentaram os seus défices, à semelhança do que fizemos em Portugal, para pomover um auxílio à economia e esse auxílio resultou", sublinhou.
Na zona euro, o desemprego manteve-se estável em Outubro face ao mês anterior, situando-se nos 9,8 por cento, a taxa mais elevada desde Janeiro de 1999, adiantam os dados do Eurostat.
Em Outubro de 2008, a taxa de desemprego na zona euro situava-se nos 7,9 por cento.
Nos 27 países-membros da União Europeia, a taxa de desemprego elevou-se para 9,3 por cento em Outubro, contra 9,2 por cento, em Setembro, e 7,3 por cento, em Outubro do ano passado.DESEMPR