Autor: Lusa/AO Online
Costa Silva falava Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, durante a sessão de balanço da consulta pública da "Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020/2030", documento feito a pedido do Governo, com as prioridades para a saída da crise.
"Todos os nossos problemas e constrangimentos vêm ao de cima nesta crise: as empresas descapitalizadas, a dívida pública muito elevada que por si só é inibidora do crescimento, as limitações da nossa estrutura produtiva, o declínio do investimeto, a baixa produtividade e portanto é muito importante enfrentar a crise em todas essas perspetivas e ter em atenção que a recuperação vai ser lenta", defendeu o professor universitário.
"Nós vamos entrar ainda em decrescimento antes de haver crescimento, vamos piorar antes de começar a melhorar", sublinhou Costa Silva defendendo que o país precisa de usar "todos os seu trunfos", para preservar a sua capacidade produtiva.
"Não vamos ter ilusões, nós vamos ter empresas que não vão aguentar no decurso desta pandemia", reforçou o gestor.
Segundo disse, a crise pandémica "está na ponta do icebergue", mas em baixo está a crise ambiental e climática "gravíssima".
O documento inicial, designado “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020/2030”, foi apresentado no dia 21 de julho e esteve em consulta pública no mês de agosto, recebendo 1.153 propostas de contributo, considerando Costa Silva que esta foi "uma contribuição extraordinária".
Segundo o executivo socialista, com a conclusão da "Visão Estratégica", o Governo aprova já na quinta-feira, em Conselho de Ministros, a primeira versão do Plano de Recuperação e Resiliência, instrumento do Governo que já terá tradução na proposta de Orçamento do Estado para 2021, que será entregue em 12 de outubro na Assembleia da República.
O Programa de Recuperação e Resiliência será em seguida apresentado publicamente em 14 de outubro, na véspera de o documento ser entregue à Comissão Europeia.
-
Marcelo espera que se encontrem “caminhos” para atrasos nos salários dos trabalhadores das Lajes
O Presidente da República admitiu preocupação com o atraso no pagamento de salários aos trabalhadores portugueses na Base das Lajes, devido à paralisação da administração norte-americana, mas espera que se encontrem "caminhos" para ultrapassar a situação.
-
Cultura e Social
Ministra da Cultura defende aposta precoce na culturaA ministra da Cultura defendeu, nos Açores, uma aposta precoce na cultura, sublinhando que “os primeiros anos de vida são os mais decisivos” na formação dessa ligação, e garantiu que esta meta é “uma prioridade do Governo”