Açoriano Oriental
Sindicato diz que greve da função pública já tem impacto esta noite nos hospitais
A greve nacional da Função Pública está hoje a ter impacto na saúde, com vários hospitais com adesão próxima de 100%, segundo a coordenadora da Federação dos Sindicatos da Função Pública, que antecipa que fiquem fechadas centenas de escolas.
Sindicato diz que greve da função pública já tem impacto esta noite nos hospitais

Autor: Lusa/AO Online

De acordo com o primeiro balanço feito à Lusa por Ana Avoila, cerca das 00:45, quanto ao setor da saúde, na região de Lisboa a adesão é de 100% nos hospitais de São José, Maternidade Alfredo da Costa e Beatriz Ângelo, sendo que ascende ainda a 98% no hospital São Francisco Xavier, 85% no hospital de Santa Maria, que tem mesmo o bloco operatório encerrado, e 70% no hospital dos Capuchos.

A norte, o hospital Pedro Hispano (Matosinhos) tem uma adesão de 70% nos primeiros turnos, o hospital de São João (Porto) 60% e o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa de 65%, enquanto nos restantes hospitais da região do Porto a adesão ronda “80 a 90%”, afirmou a mesma dirigente sindical.

Já em outros centros hospitais do país, como em Coimbra, Aveiro, Leiria, Figueira da Foz, os dados indicam que “está tudo a 100%, só com serviços mínimos”.

Para Ana Avoila, da federação afeta à central CGTP, esta adesão no arranque da greve “responde às expectativas” que havia face ao “descontentamento dos trabalhadores” perante o congelamento dos salários e carreiras.

Para a dirigente sindical, com o país a melhorar “não há razão para os trabalhadores da administração pública continuarem com rendimento reduzido e com cada vez mais dificuldades”.

Nos hospitais, esta greve abrange assistentes operacionais, funcionários administrativos, técnicos de diagnóstico e de laboratórios, entre outros.

“Não é greve de médicos e enfermeiros, mas as equipas têm de funcionar em coletivo e a greve tem o mesmo efeito como se parassem todos”, explicou Ana Avoila.

Para o setor da educação, a coordenadora da federação dos sindicatos da função pública disse que a expectativa para hoje é que estejam “encerradas centenas de escolas”.

Também serviços da segurança social deverão estar fechados hoje face à paralisação de trabalhadores, assim como serviços de finanças e equipamentos de cultura, afirmou, antecipando "uma grande greve".

A greve nacional da Função Pública convocada para sexta-feira pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSTFPS) arrancou hoje às 00:01.

O protesto foi anunciado no início de abril para reivindicar aumentos salariais, pagamento de horas extraordinárias e as 35 horas de trabalho semanais para todos os funcionários do Estado.

O regime das 35 horas foi reposto em julho de 2016, deixando de fora os funcionários com contrato individual de trabalho, sobretudo os que prestam serviço nos hospitais EPE.

A FNSTFPS, afeta à CGTP, é composta pelos sindicatos do norte, centro, sul e consulares e representa 330 mil funcionários.

A última greve geral convocada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais com vista à reposição das 35 horas semanais realizou-se em janeiro do ano passado e teve, segundo a estrutura, uma adesão média entre 70% a 80%, incluindo os hospitais.

 

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