Açoriano Oriental
Sindicato aponta 30 funcionários em falta nos CTT dos Açores

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações afirma que, nos Açores, os CTT - Correios de Portugal necessitam de um reforço de 30 funcionários, para garantir o número adequado de recursos humanos na Região.

Sindicato aponta 30 funcionários em falta nos CTT dos Açores

Autor: Nuno Martins Neves/Paula Gouveia

“Faltam mais de 30 trabalhadores em toda a Região”, afirma Adriano Costa, dirigente nacional e membro da comissão executiva do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações,  quando confrontado com as dificuldades de distribuição do correio que se agravam nesta quadra natalícia, devido ao volume maior de correio.
Para o dirigente sindical, estas dificuldades não são pontuais. “Não é uma situação pontual. Agravou-se com a não substituição para o período de férias. Agora agrava-se com a situação da época natalícia”, salienta.

“É do conhecimento público a falta de recursos humanos para fazer face a todo o correio e encomendas que temos”, diz Adriano Costa que lembra que “o sindicato já defendeu na devida a altura a admissão de mais trabalhadores para fazer face ao trabalho, não só nesta época, mas em todas as épocas do ano”, porque “o problema é de todo o ano”. 
E “a situação já é conhecida da gestão dos CTT”, garante o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações.

“Muitas vezes, a empresa culpa a transportadora e o mau tempo, mas, na verdade, também há falta de recursos humanos nos CTT”, sustenta Adriano Costa que insiste que “na Região Autónoma, temos a situação dos transportes, e do mau tempo que provoca por vezes anomalias, mas isso não pode ser a explicação para todos os problemas”.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações defende também que “cada posto de trabalho que tem um contrato a prazo deve ser preenchido com um posto efetivo, porque traz maior estabilidade no dia a dia, nomeadamente no setor da distribuição”.

“Este vaivém da contratação também provoca alguma instabilidade” na prestação do serviço da distribuição de correio, admite o membro da comissão executiva do sindicato.

Para Adriano Costa, “desde que a empresa foi privatizada, as anomalias são constantes - de norte a sul e regiões autónomas”, não sendo por isso de agora “a sobrecarga de trabalho, as filas de espera, o tempo de demora”, o fecho de estações em várias localidades que fez parte de um plano, e o acumular de novas funções, como é disso exemplo a atribuição do subsídio social de mobilidade.

No caso deste serviço em concreto, além da sobrecarga de trabalho para os funcionários, dada a carga burocrática e o tempo que exige, é visível também, com frequência, nas lojas dos CTT, maiores filas de espera. Ou seja, diz o dirigente sindical, “provoca mais desgaste nos funcionários porque têm mais serviço, e o cliente também fica prejudicado”.

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