“A SDEA tem em carteira, neste momento, 40 intenções de investimento e elas terão aqui o seu percurso natural. Certamente algumas vão-se concretizar, outras não. O nosso trabalho é criar condições para que todas se concretizem. E é com essa determinação que trabalhamos diariamente”, disse Vítor Fraga, em declarações aos jornalistas.

O presidente da SDEA, criada em 2015, e que concebe e executa políticas de estímulo ao desenvolvimento empresarial, visando o reforço da competitividade, produtividade das empresas açorianas, inovação e empreendedorismo, falava após a audição na Comissão eventual de Inquérito ao Setor Público Empresarial Regional e Associações Sem Fins Lucrativos Públicas, em Ponta Delgada.

Vítor Fraga acrescentou que destas 40 intenções de investimento que a SDEA acompanha, "50% são no setor do turismo, 25% na área das tecnologias de informação e comunicação, 10% no sector da indústria e 5% nas pescas e aquacultura".

E concretizou: “Houve um incremento na área das tecnologias de informação e comunicação a que não está alheio naturalmente o projeto Terceira Tech Island que temos vindo a promover junto das empresas desta área de atividade em termos nacionais e internacionais”.

O projeto Terceira Tech Island é uma iniciativa do Governo dos Açores que visa atenuar os efeitos sociais e económicos que resultaram da redução da presença militar e civil norte-americana na Base das Lajes.

O objetivo do Terceira Tech Island é transformar a ilha num centro de empresas tecnológicas.

“É um projeto estruturante e que assenta em várias vertentes desde logo a qualificação de recursos humanos”, sublinhou Vítor Fraga.

Em sede de comissão, o responsável destacou que a SDEA tem "resultados líquidos positivos com um grau de execução de 100%" no seu plano, sublinhando que se trata de uma organização "fundamental" que "tem vindo a desempenhar aquela que é a sua missão" de "ser um parceiro estratégico para as empresas açorianas e para todos aqueles que pretendem investir na região".

Perante os deputados, Vítor Fraga salientou, por exemplo, o impacto para a economia do projeto Marca Açores, indicando que "o volume de vendas das empresas que aderiram aquele selo teve um incremento de 22%".

Segundo sublinhou, é “um projeto claramente vencedor”, acrescentando que já foram atribuídos 3.012 selos da Marca Açores, que promovem a valorização dos produtos açorianos.

“Temos vindo a desenvolver a atividade quer na captação de investimento promovendo as potencialidades da região e acompanhando os projetos de investimento que vão surgindo no arquipélago, quer ao nível da promoção dos produtos com a Marca Açores, da internacionalização e das exportações das empresas”, reforçou ainda.