Açoriano Oriental
Rui Coelho com "espetacular" triunfo em 20 quilómetros marcha, Cabecinha venceu 'em casa'

O atleta Rui Coelho, do Benfica, considerou "espetacular" o seu primeiro título nacional de 20 quilómetros marcha em estrada, enquanto Ana Cabecinha desfrutou de mais um título 'em casa' no seu regresso à competição.

Rui Coelho com "espetacular" triunfo em 20 quilómetros marcha, Cabecinha venceu 'em casa'

Autor: Lusa/AO Online

"Foi espetacular. Não esperava uma competição tão boa, um grupo bem constituído e num ritmo bem aceitável até aos 10 quilómetros. A partir dos 14, tive de arranjar uma estratégia para vencer a prova e decidi atacar. O objetivo foi bem cumprido", disse Rui Coelho à agência Lusa, após a prova disputada em Olhão.

Com a mira já apontada à Taça do Mundo de marcha, em Muscat (Omã), em março, Coelho olha depois para os campeonatos do Mundo e da Europa, em julho e agosto, respetivamente, esperando obter o estatuto de alta competição.

"Pelo que tenho visto nas classificações por 'ranking', irei estar presente nos Mundiais e Europeus e vou preparar a época a pensar nessa classificação, de forma a obter o estatuto de alta competição", disse o campeão nacional, que concluiu os 20 quilómetros em 01:27.47 horas.

Rui Coelho espera, dessa forma, conseguir "algumas benesses a nível profissional", conciliando o trabalho com a carreira desportiva.

"Lá está, agora estou aqui e amanhã já tenho de entrar ao serviço. Por isso, não há hipótese de grande descanso", sublinhou.

Já Ana Cabecinha marcou o regresso à competição com o seu nono título de 20 quilómetros marcha em estrada, conquistado no concelho onde reside desde criança.

"É a primeira vez que fiz 20 quilómetros sem saber o que estava a valer, porque não competia desde os Jogos Olímpicos, em agosto do ano passado. O clube e o treinador puseram-me à vontade para não participar no campeonato nacional, por ser muito cedo e ter começado a época tarde, mas fiz questão de competir quando soube que ia ser 'em casa'. Estava na altura de fazer um teste. Sofri nas voltas finais, mas faz parte do processo", explicou à Lusa.

Depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a corredora do Clube Oriental de Pechão ponderou o fim da carreira, mas a decisão foi no sentido contrário.

"A seguir aos Jogos Olímpicos, tive um misto de emoções. Não era o resultado esperado, para aquilo que treinei e estava a valer, depois tive um imprevisto em setembro/outubro, num momento muito difícil da minha vida. Ponderei muito se continuava ou não, estive muito tempo parada e tive de trabalhar com um psicólogo, tive de trabalhar toda a minha cabeça para voltar. Mas tive forças para continuar", relatou.

O objetivo passa por chegar aos seus quintos Jogos Olímpicos, em Paris, dentro de dois anos e meio, e colocar aí o ponto final na carreira.

"Vamos ver o que o corpo vai dando ano a ano. Se tudo correr bem, quero estar em Paris em 2024. O meu treinador está a apontar para que os Jogos Olímpicos sejam a minha 100.ª prova de 20 quilómetros. Acabar a carreira com esse registo e com os meus quintos Jogos, é para aí que vamos batalhar", concluiu a campeã nacional.


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