Açoriano Oriental
Requalificação do centro da cidade concluída até fim de julho

Arrancou esta semana, a requalificação das ruas do centro da cidade de Ponta Delgada que já estão encerradas ao trânsito, e o presidente da Câmara Municipal pretende que até ao final do mês de julho a intervenção fique concluída


Autor: Paula Gouveia

A requalificação das ruas do centro histórico da cidade de Ponta Delgada que já estão encerradas arrancou na segunda-feira passada, e o presidente da Câmara Municipal pretende que esteja concluída “pelo menos até ao final do mês de julho”.

A intervenção que  consiste no nivelamento das vias à altura dos passeios, e introdução de mobiliário urbano e mobiliário digital, está a ser realizada com a mão-de-obra da própria autarquia, e não está apurado o seu valor final, mas Pedro Nascimento Cabral garante que será muito mais reduzido do que os 3 milhões de euros inicialmente orçamentados para a requalificação do centro histórico.

O presidente da autarquia explicou porque não se avançou com a solução premiada no concurso realizado em parceria com a Ordem dos Arquitetos: “No relatório do júri, está explicado que os projetos galardoados com os prémios, apesar de estarem muito bem construídos do ponto de vista técnico, o que é certo é que ainda assim ficaram aquém da qualidade que é exigida a uma verdadeira requalificação do centro histórico de Ponta Delgada. E quem disse isto foi o próprio júri constituído por arquitetos”, sublinhou.

E, na sequência disso, “a Câmara acedeu a esta decisão do júri e decidiu, com o seu gabinete técnico, implementar uma solução que privilegia a zona pedonal, que é uma intervenção suave porque não põe em causa o património edificado que está aqui no nosso centro histórico”, explicou.

Pedro Nascimento Cabral recordou ainda que a realização do concurso de ideias surgiu do desafio lançado pela Ordem dos Arquitetos e pelo próprio movimento cívico Pensar a Cidade. E salienta o autarca, “não damos este tempo por perdido”, porque foi um tempo “em que a cidade foi discutida, pensada e alvo de uma conferência sobre arquitetura urbana”. Mas, “chegou a uma altura em que é preciso decidir”, e foi decidido dar seguimento ao que foi feito do lado Sul da Matriz que “não introduziu nenhum foco de discussão”. Para o autarca, não se justificava agora uma auscultação pública, porque “não vamos mexer em rigorosamente nada no que diz respeito ao património edificado”.

“Vamos apenas dar às pessoas espaços que estavam afetos aos automóveis e, não havendo uma intervenção de cariz arquitetónico substancial, pensámos que não há necessidade de fazer uma auscultação pública sobre o que estamos a fazer”, disse.

A intervenção vai implicar a deslocalização dos táxis da Praça Gonçalo Velho, das Portas da Cidade, e, segundo o presidente da Câmara, a autarquia está em negociações, “num diálogo muito franco, muito profícuo”, com a Associação de Táxis. E, “eles estão sensíveis à mudança de paradigma da nossa cidade”, disse Pedro Nascimento Cabral, lembrando que, com a construção de novos hotéis, “há novos pontos da cidade onde os taxistas se podem dispersar na sua atividade”, nomeadamente junto a unidades hoteleiras, como o Campo de São Francisco e junto ao Marina Atlântico e Octant, por exemplo.

Sobre a rua das Mercadores, Pedro Nascimento Cabral disse que aguarda a conclusão de todo o processo de requalificação para implementar um horário de cargas e descargas “adequado ao bom funcionamento da rua, da pedonalização e humanização da cidade e também da atividade comercial, e da atividade ligada à restauração, de modo a termos uma cidade economicamente sustentável”.

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