Autor: Lusa/AO online
"A situação hoje é, todos sabemos, ainda, de expetativa - expetativa em relação à apresentação do estudo sobre as bases europeias dos Estados Unidos e de expetativa, também, no que diz respeito às consequências do novo contexto político e institucional nos EUA em resultado das recentes eleições intercalares”, afirmou o subsecretário regional para as Relações Externas, Rodrigo Oliveira.
“Entendemos, por isso, que tal contexto - e em especial os desenvolvimentos mais recentes - devem, em primeiro lugar e desde já, motivar a intervenção reforçada e extraordinária do Governo da República junto dos novos protagonistas", acrescentou.
Rodrigo Oliveira, que falava no parlamento dos Açores, na Horta, durante o debate o Plano e Orçamento da região para 2015, lembrou que em novembro de 2012, "quando foi comunicado pelos EUA a intenção de redução da base das Lajes, poucos achariam que se poderia, de algum modo, suspender ou atrasar o processo e impedir a sua aplicação imediata".
No entanto, "o Governo dos Açores, numa ação liderada pelo seu presidente [Vasco Cordeiro], desenvolveu de imediato um trabalho de grande intensidade e envolvimento", que teve como resultado o adiamento da decisão inicial norte-americana, afirmou.
"Da parte do Governo [Regional], prosseguiremos o trabalho, na sua maioria reservado, é certo, mas com a mesma determinação de sempre na defesa dos interesses dos trabalhadores da Base, das suas famílias e da economia da ilha Terceira", assegurou Rodrigo Oliveira.
Também Vasco Cordeiro participou neste debate, para dizer que "o assunto está neste momento" a precisar que o entendimento que tem havido entre todas as forças políticas açorianas nesta matéria "se reforce e consubstancie".
O governante destacou que está concluída, nos EUA, a "fase de avaliação técnica" das bases militares norte-americanas na Europa e que se segue agora a "avaliação política".
Vasco Cordeiro disse que é ainda importante que os Açores continuem a falar a uma só voz e salientem que, "no âmbito da relação diplomática entre dois países, não são aceitáveis atitudes que menorizem um deles".
"Este esforço deve continuar e nós, os Açores, conseguimos já muito, mas não podemos exatamente agora dar por garantido aquilo que de forma nenhuma está garantido", afirmou.
Os Estados Unidos da América anunciaram a intenção de reduzir no ano passado o contingente que têm nas Lajes, em mais de 400 militares e 500 familiares, mas a decisão tem sido adiada devido a várias iniciativas legislativas.