Autor: Lusa/AO Online
Questionado pelos jornalistas, Rangel salientou que "na prática" as deslocações a Bruxelas e a Estrasburgo que fazem parte da vida de um deputado europeu "são incompatíveis com a liderança de um partido".
"Quando for eleito presidente do PSD vou renunciar ao mandato, pode não ser no primeiro dia ou mês a seguir às eleições,”, afirmou, justificando a ponderação da data por ser membro da conferência sobre o futuro da Europa até abril, embora admitindo que a “tarefa gigantesca” de liderar um partido pode não ser compatível com esta participação.
Numa longa conferência de imprensa - mais de uma hora entre a apresentação e as respostas aos jornalistas - Paulo Rangel prometeu “ser um líder do PSD a 100% com os dois pés em Lisboa”, fazendo questão de repetir esta referência à capital.
Questionado como fará a articulação com o grupo parlamentar - já que não é deputado -, Rangel admitiu tratar-se de um ‘handicap’ mas lembrou outros líderes sociais-democratas que não estavam na Assembleia.
“Terei uma relação estreitíssima com o grupo parlamentar, usarei o meu gabinete no grupo parlamentar intensamente, porque entendo este como o braço armado do partido”, afirmou.
Num outro recado implícito ao atual presidente do PSD, Rui Rio, Paulo Rangel frisou ser “um parlamentar”.
“Não pertenço àqueles que acham que o parlamento é um órgão que deve ser desvalorizado, pertenço justamente ao contrário”, afirmou, escusando-se a adiantar já nomes que gostaria de ver à frente da liderança da bancada, caso seja eleito presidente.
Questionado se informou previamente o Presidente da República e antigo líder do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, de que se iria candidatar à presidência do PSD, Rangel foi claro.
“Nunca falei com o Presidente da República sobre esta matéria (…) Aliás, há meses que não falo com o Presidente da República, coisa que até não é muito comum”, frisou.
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