Açoriano Oriental
PSD e CDS comemoraram sozinhos 25 de Novembro na Madeira
A Assembleia Legislativa da Madeira assinalou esta segunda-feira o 25 de Novembro como "o dia da democracia" apenas com a presença dos deputados da maioria do PSD e do CDS.
PSD e CDS comemoraram sozinhos 25 de Novembro na Madeira

Autor: Lusa/AO Online

 

O deputado independente José Pedro Pereira esteve ausente e os restantes cinco partidos realizaram, em simultâneo, uma conferência de imprensa na entrada do edifico do parlamento regional.

A primeira intervenção nesta sessão ficou a cargo do deputado do CDS-PP José Manuel Rodrigues, o qual declarou que se “o 25 de Abril é da liberdade, o 25 de Novembro é o dia da democracia”, argumentando que foi este golpe que pôs “fim à tentativa de impor aos portugueses uma ditadura de cariz comunista”.

O deputado centrista madeirense sustentou que o parlamento regional “poderia e deveria assinalar o 25 de Abril como marco da viragem de regime que possibilitou a autonomia”.

José Manuel Rodrigues opinou que o país e a região vivem “um dos períodos mais difíceis da sua história recente”, criticando as irresponsabilidades governamentais do PS em Portugal e do PSD na Madeira que levaram à necessidade de um programa de ajustamento.

O deputado do CDS mencionou ainda que o resultado das eleições autárquicas de 29 de setembro, nas quais o PSD perdeu sete dos onze municípios que detinha na região, evidenciou que “a ilusão jardinista durou décadas mas está à beira do fim” e que a situação interna do partido que tem governado a Madeira “não é regenerável seja qual for o seu líder”.

Por seu turno, o porta-voz da bancada da maioria social-democrata nesta sessão comemorativa foi o deputado Edgar Garrido, o qual vincou que, apesar da sua importância, que é comemorada na Assembleia da República, “a revolução de Abril não instaurou nenhum regime democrático, não o defendeu, nem o acautelou”.

“O 25 de Novembro foi a etapa da normalização, foi o encaminhar da Revolução para a democracia liberal (…) é a data restauradora da democracia é o 25 de Novembro, em todo o rigor histórico”, frisou o deputado do PSD.

Edgar Garrido referiu que “a comemoração deste dia não é unânime, não é consensual, quer na Madeira quer em Portugal”, considerando que “muitos partidos estão empenhados em destruir da memória coletiva dos portugueses, num processo de branqueamento da história, os momentos mais marcantes de uma nação”.

Criticou também a ausência de toda a oposição nesta sessão, que durou cerca de 30 minutos, dizendo: “ É lamentável esta falta de respeito quer por esta Casa, quer pela resolução de ‘96, quer pela população que os elegeu”.

O parlamentar social-democrata madeirense opinou que “o 25 de Abril e o 25 de Novembro não são monopólio de uma geração ou de uma força política. É o legado de Portugal para todos os portugueses”.

 

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