Açoriano Oriental
PSD/Açores quer ouvir Governo sobre a “divulgação ilegal” de dados dos utentes

O PSD/Açores vai requerer a audição parlamentar, com caráter de urgência, da secretária regional dos Transportes e Obras Públicas e da administração da Atlânticoline, na sequência da divulgação na Internet de dados pessoais de passageiros.

PSD/Açores quer ouvir Governo sobre a “divulgação ilegal” de dados dos utentes

Autor: AO Online/ Lusa

O grupo parlamentar do PSD/Açores, em nota de imprensa, referiu que a “divulgação ilegal” na Internet de cópias de cartões de cidadão de passageiros da Atlânticoline “não pode passar impune”, considerando que os dados pessoais dos açorianos “não estão seguros” nas mãos do Governo Regional.

De acordo com RTP/Açores, na divulgação da informação pessoal dos passageiros estiveram acessíveis na Internet cópias de cartão de cidadão, comprovativos de pagamentos e até acordos judiciais.

Os parlamentares sociais-democratas referem que “este é o terceiro caso, só nos últimos dois anos, de divulgação ilegal de dados pessoais de açorianos na Internet feita por entidades públicas regionais”.

Para os deputados da oposição parlamentar, “é alarmante que surja outro caso de idêntica gravidade” aos ocorridos em 2017, altura em que surgiu a divulgação na Internet dos dados pessoais de 230 mil utentes do Serviço Regional de Saúde e da exposição pública de informação pessoal de crianças de uma escola do ensino básico na ilha Terceira.

O PSD/Açores recordou que “a utilização indevida de dados pessoais é crime” e defendeu que “a culpa não pode voltar a morrer solteira, como acontece com tudo em que o Governo Regional esteja envolvido”.

O presidente do conselho de administração da transportadora pública marítima Atlânticoline declarou à agência Lusa que, após ter tomado conhecimento da “vulnerabilidade informática”, atuou-se “de imediato”, eliminando o “referido endereço eletrónico e suprimindo a sua informação”.

Carlos Faias referiu que foram de seguida “dados os passos necessários para avaliar o que aconteceu”, visando o apuramento da “partilha ilegítima” da informação pessoal dos passageiros.

O presidente da transportadora adiantou que se procedeu à abertura de um inquérito interno, estando-se a “ultimar a participação” da ocorrência às autoridades judiciais face à “utilização abusiva e inapropriada” dos dados pessoais, bem como à Comissão Nacional de Proteção de Dados.

O responsável revelou que decorre uma avaliação interna do sistema informático da Atlânticoline para “impedir que futuras situações como esta voltem a ocorrer”.


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