Autor: Susete Rodrigues/AO Online
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Carlos Silva, reagiu assim à informação publicada esta segunda-feira, pelo Banco de Portugal, relativa à dívida da Região do segundo trimestre de 2024.
Citado em comunicado, Carlos Silva refere que “no segundo trimestre de 2024, a dívida dos Açores era 3.323,43 milhões de euros. Isto significa que, em 6 meses, a dívida aumentou 120 milhões de euros, ano em que, supostamente, seria de endividamento zero”.
O vice-presidente do GPPS/Açores destaca que “o valor da dívida do segundo trimestre de 2024 reflete um aumento de 918 milhões de euros em relação a 2020”, classificando as recentes declarações do presidente do Governos Regional, José Manuel Bolieiro, de que “este governo estava a manter uma solidariedade intergeracional, não penalizando as gerações vindouras”, como “totalmente desajustadas da realidade e contraditórias aquilo que é a ação do seu governo”.
O PS/Açores lembra que “quer em 2023, quer para 2024, os orçamentos aprovados não previram aumento de endividamento. Mas mais uma vez, o que se verifica é que o Governo promete uma coisa e faz outra”.
Carlos Silva apontou outro exemplo com o caso da SATA, referindo que “existiu um agravamento dos prejuízos da SATA em quase 50%, mais 15 milhões de euros, que é exatamente o contrário de salvar a SATA, que é aquilo que o Governo diz que está a fazer, mas que não está a acontecer”.
Também em matéria de défice e em reação à publicação do Procedimento dos Défices Excessivos, o vice-presidente do GPPS/Açores destacou que “mesmo após ajustamento em relação a março, o défice da Região de 2023 continua a quase o dobro do de 2019”.
Para Carlos Silva, já “não é 2023 que nos preocupa. Preocupa-nos 2024, já que o Saldo Global do Governo Regional, em julho deste ano, era negativo em 150 milhões de euros, que compara com o saldo efetivo negativo em 58 milhões de euros, aprovado no orçamento de 2024”.
“O Governo Regional do PSD/CDS/PPM diz uma coisa, mas faz outra. É cada vez mais difícil acreditar neste governo, porque o seu discurso é o contrário da sua ação governativa”, finalizou o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores.