Autor: Lusa/AO online
Num comunicado, o SNPC adianta que, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) e do Laboratório de Engenharia Civil (LEC), "há sérios perigos inerentes a movimentos de uma massa de lava", embora, para já, esteja "fora de questão" a ocorrência de nova erupção.
Após 19 anos inativo, o vulcão do Fogo voltou a registar, entre 23 de novembro de 2014 e 08 de fevereiro deste ano, novas erupções vulcânicas, tendo destruído, ao longo desse período, as povoações de Portela e Bangaeira, em Chã das Caldeiras, e causado prejuízos estimados em cerca de 45 milhões de euros.
Segundo a nota divulgada hoje pelo SNPC, há blocos de rocha próximos do pico principal do vulcão do Fogo, conhecido também "Homem Grande" (a 2.829 metros de altitude), que podem desprender-se, colocando em risco a segurança e a vida das pessoas.
"Neste momento, existe uma massa de lava a desprender-se do pico principal do vulcão, com blocos de rochas que, se atingirem uma pessoa, pode ser fatal. Além da massa, existe também o desenvolvimento de fraturas na mesma região, pondo em risco a segurança e a vida das pessoas", explica-se no documento.
O SNPC adiantou que a informação foi enviada às três câmaras foguenses (São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina), associação de guias turísticos, direção do Parque Natural do Fogo e é extensível a todas as pessoas e instituições.