Autor: Lusa
“Assinámos o despacho de alargamento do programa Novos Idosos aos concelhos de Vila Franca do Campo, Lagoa e Horta, que se juntam à Praia da Vitória e a Ponta Delgada”, avançou Artur Lima durante a assinatura do despacho de abertura da segunda fase do programa, que decorreu no Palácio da Conceição em Ponta Delgada.
O Novos Idosos pretende apoiar os idosos que se mantenham a habitar em casa (ou seja, sem residirem num lar), com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e arrancou como um projeto-piloto em 2022.
Para a nova fase do projeto, que prevê a abertura de 150 vagas (50 por cada concelho), o Governo Regional realizou acordos com a Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo, a Santa Casa da Misericórdia de Santo António da Lagoa e a Santa Casa da Misericórdia da Horta.
“Até 2025, prevê-se despender perto de 10 milhões de euros com o programa Novos Idosos, sendo que está alocado a esta segunda fase do projeto cerca de cinco milhões de euros”, afirmou o vice-presidente do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM).
Artur Lima (CDS-PP) lembrou que a primeira fase do projeto experimental começou nos concelhos da Praia da Vitória e de Ponta Delgada, estando a decorrer a “bom ritmo”, com o apoio dos lares Pedro V e Luís Soares de Sousa, localizados na Terceira e São Miguel, respetivamente.
“Neste momento, já estão integrados no programa 73 idosos, estando em fase de conclusão os procedimentos relativos à integração de mais 27 idosos”, detalhou o número dois do executivo açoriano.
No final da cerimónia, aos jornalistas, quando questionado sobre a possibilidade de o programa abranger todo o arquipélago, Artur Lima lembrou que se trata de um projeto piloto, cuja avaliação final vai ser feita pelo Governo Regional, pelas instituições sociais e pela União Europeia.
“Cada idoso tem um plano individual de cuidados. É um programa muito minucioso. Não é só atribuir 948 euros e os idosos ficam em casa sozinhos. É sujeito a ser auditado e fiscalizado. Tem de receber bons cuidados e é sujeito às visitas das equipas locais. É feito com cabeça, troco e membros”, reforçou.
Artur Lima justificou o alargamento do programa a Vila Franca do Campo e Lagoa, em São Miguel, e Horta, no Faial, por aqueles serem os concelhos com a menor taxa efetiva de cobertura de respostas de acolhimento de pessoas idosas.
“O critério é equitativo. É justo. É transparente. Chama-se justiça social”, vincou.
Artur Lima criticou ainda o PS, que na quinta-feira alertou que o programa excluía a maioria da região, acusando os socialistas de um “comportamento absolutamente inaceitável” e de praticarem uma “política de desinformação lesiva dos açorianos”.
“O PS devia ter a decência de pedir desculpa aos micaelenses porque deixaram São Miguel totalmente abandonado na cobertura de resposta a idosos. A taxa recomendada é de quase 4% de cobertura. São Miguel tem apenas 2%. É o legado e herança do PS”, afirmou, aludindo à governação socialista na região (de 1996 a 2020).
As candidaturas à nova fase do programa vão abrir a 03 de abril.
O Novos Idosos baseia-se na atribuição de um apoio mensal, não reembolsável, até ao montante de 948 euros para cada idoso, a que acresce o auxílio prestado por uma equipa técnica local, que desenvolve um plano de intervenção para cada utente.
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