Autor: Lusa/AO Online
Bloco de Esquerda e PCP já anunciaram que vão votar contra o documento, que define as principais linhas estratégicas do executivo de Vasco Cordeiro para a legislatura, por entenderem que não corresponde às promessas feitas pelos socialistas durante a campanha eleitoral.
A decisão dos bloquistas e dos comunistas gerou, no entanto, a crítica do líder parlamentar socialista, Berto Messias, que em declarações à agência Lusa, contestou a postura da oposição, por não querer esperar pelo debate para anunciar o seu sentido de voto.
“Julgo que é extemporâneo, além de que estes partidos fizeram críticas que são desenquadradas da realidade”, apontou Berto Messias, para quem o voto contra do BE e do PCP, antes do debate começar, revela uma “partidarite aguda”.
O líder parlamentar socialista assegura que o Programa do Governo “é perfeitamente coerente” com aquilo que foi afirmado em tempo de campanha eleitoral por parte do Partido Socialista, nomeadamente em matéria de apoios às empresas e às famílias, e no combate às medidas de austeridade impostas pelo Governo da República.
O Bloco de Esquerda e o PCP não devem, porém, ser os únicos partidos a votar contra o Programa do Governo.
A bancada do PSD ainda está a avaliar o documento, por isso, o seu líder parlamentar, Duarte Freitas, não quis pronunciar-se antes do debate, e o deputado do PPM, Paulo Estevão, escusou-se a revelar qual será o sentido de voto do seu partido, embora não se espere que nenhum deles vote a favor.
Artur Lima, do CDS/PP, foi o único a dizer que vai esperar pelo final do debate para só depois se pronunciar sobre o Programa do Governo, por entender que o seu partido, quer “aguardar pelas explicações” dos membros do executivo, sobre algumas matérias que estão no documento.
A criação de emprego e o apoio às famílias são as principais preocupações que marcam o Programa do XI Governo Regional dos Açores, que será discutido no Parlamento ao longo de três dias.
A sustentabilidade da autonomia regional e de setores como a saúde, são outras das preocupações do executivo liderado por Vasco Cordeiro que, desde o início, vem apelando ao “diálogo” e à concertação com os partidos da oposição.
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