Autor: Lusa/AO online
“Para o ano esperamos que […] este ciclo positivo chegue ao fim. Não sabemos se vai terminar em janeiro ou fevereiro, mas, realmente, há uma tendência de estabilização do mercado em certos produtos, como, por exemplo, é o caso da manteiga”, disse Fernando Cardoso.
Conforme indica o representante da Fenalac, 2017 foi um ano “bastante positivo” em termos de crescimento e evolução a nível global, seguindo Portugal essa tendência de uma forma “muito mais tímida”. Para 2018, é espectável que “esse ciclo positivo” chegue ao fim.
“São ciclos normais de mercado. [Por exemplo], a manteiga atingiu valores muito elevados e, obviamente, que quem compra este produto começa, de alguma forma, a retrair-se. À partida, os sinais que nós temos até agora são, relativamente, normais”, explicou.
A partir do dia 01 de janeiro os produtores passarão a estar obrigados a incluir um selo que certifique a origem do leite utilizado nos produtos lácteos, não se prevendo para já as implicações dessa medida.
“A legislação prevê que todo o leite usado na produção de produtos lácteos em Portugal terá que ter essa origem na etiquetagem. Portanto, seja um pacote de leite, um queijo, um iogurte, tudo o que for produzido em Portugal, passa a ter, obrigatoriamente, a indicação do leite que deu origem a esse produto”, referiu.
Para Fernando Cardoso, esta “é uma medida positiva”, que permite comprovar os produtos nacionais, podendo o consumidor fazer uma escolha mais informada.
“Houve uma fase de adaptação dos operadores, para não haver desperdício. As embalagens antigas podem ser utilizadas até ao primeiro dia de 2018”, indicou.
Porém, o secretário-geral da federação sublinha que não é possível prever se a medida trará efeitos positivos para a produção nacional e para o rendimento dos consumidores.