Açoriano Oriental
Devido a dívida asfixiante
Prisa cai para mínimos históricos em bolsa
O grupo espanhol Prisa caiu para mínimos históricos, com perdas de mais de 11 por cento do seu valor bolsista, arrastado por uma dívida financeira líquida que ascende a mais de 4,2 mil milhões de euros.
Prisa cai para mínimos históricos em bolsa

Autor: Lusa/AOonline
A dívida, que já equivale a cinco vezes o capital da Prisa em bolsa que no passado a empresa assumia com alguma normalidade, está, segundo analistas, a atrofiar o grupo devido ao aumento dos juros.

    Um plano de refinanciamento de metade da dívida até Março de 2009 está a ser prejudicado pelo aumento dos juros interbancários, que cresceram de 4,5 para 5,4 no último ano.

    A tendência de queda já se evidencia desde o início do ano - o valor em bolsa caiu 70 por cento desde Janeiro -, com a perda publicitária nos principais órgãos do grupo (Cadena SER e El Pais) a não ser compensada por outros sectores.

    Nem mesmo o componente de televisão pago, com a absorção da Sogecable, está a dar melhorias às contas do grupo.

    Analistas dizem que mesmo os esforços para a entrada de novos sócios financeiros não está a ter sucesso, o que contribui para avançar o calendário de venda dos canais de pago da Digital Plus, para os quais a Prisa já recebeu ofertas.

    Quando avançar essa venda, estima o mercado, a Prisa poderá cortar por metade a dívida do grupo.

    Alguma imprensa económica alude porém a uma crise na gestão do grupo, que ocorre depois do falecimento em Julho de 2007 de Jesus de Polanco, o “pai” da Prisa.

    Os accionistas que lhe sucederam assinaram um pacto em que se comprometiam a não vender até que passem 10 anos desde a morte do fundador do grupo.

    A penalização do grupo em bolsa continua apesar das expectativas de crescimento, com a Prisa a antecipar uma facturação de quatro mil milhões de euros em 2008 e um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de entre 700 e 800 milhões de euros.
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