Açoriano Oriental
Presidente da associação nacional de bombeiros não vê razão para despedimentos em Ponta Delgada
O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais considerou que não há matéria para despedimento com justa causa de bombeiros de Ponta Delgada e que houve "alguma precipitação" de todas as partes, apelando a um entendimento.
Presidente da associação nacional de bombeiros não vê razão para despedimentos em Ponta Delgada

Autor: Lusa/AO online

 

“Estou com muita expetativa em relação a tudo isso, porque me parece que houve aqui alguma precipitação de parte a parte. Parece-me que tem de ser salvaguardado o interesse dos bombeiros, mas também os da associação [de bombeiros de Ponta Delgada]”, declarou Fernando Curto.

O chefe da corporação de bombeiros de Ponta Delgada, João Paulo Sousa, revelou na semana passada à agência Lusa que treze elementos, entre os quais o comandante, receberam uma nota de culpa da direção e afirmam que estão perante uma “represália”.

Cerca de cinquenta bombeiros de Ponta Delgada organizaram, em julho, uma concentração em parada, no âmbito da qual anunciaram que apenas seriam efetuadas as missões de socorro em situações urgentes, como forma de protesto, até que o presidente da direção, Vasco Garcia, se demitisse.

Segundo o advogado da direção, foram instaurados dez e não 13 processos disciplinares, sendo que apenas cinco se prendem com os factos ocorridos em julho. Os restantes dizem respeito a outras situações internas, asegurou.

Fernando Curto, que reuniu hoje, em Ponta Delgada, com bombeiros da corporação, disse aos jornalistas que, se se chegar à conclusão que há culpas no processo, “é lógico que os bombeiros terão de ser penalizados”, uma vez que não estão “acima da lei”.

No entanto, acrescentou que “não há razões” para despedimentos por justa causa.

Fernando Curto apelou ao comando e direção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada para que “tenham em conta aquilo que é a instituição e o que representa para a população, para a Camara Municipal de Ponta Delgada e para o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores”.

“Terá de haver um entendimento tácito, algo terá de surgir. Penso que as pessoas têm condições para se entenderam. Agora, é lógico que a situação está um pouco acesa, temos de mandar agora muita água para que se possa fazer o rescaldo”, afirmou.

Fernando Curto explicou que a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais vai defender juridicamente os bombeiros que receberam uma nota de culpa e que são seus associados, estando também a tentar fazer o trânsito dos processos dos restantes bombeiros que recorreram a advogados.

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