Açoriano Oriental
Prémio para mulheres no jornalismo
Seis mulheres iraquianas que arriscaram a vida a trabalhar para uma organização norte-americana, uma jornalista mexicana que fez uma reportagem sobre pedofilia e uma jornalista etíope acusada de traição pelo Governo foram distinguidas ontem com o Prémio Coragem do Jornalismo.

Autor: Lusa / AO online
O Prémio Coragem do Jornalismo foi atribuído pela Fundação Internacional de Mulheres Jornalistas, perante uma audiência de mais de 500 pessoas, tendo a jornalista de televisão norte-americana, Judy Woodruff, no  Iraque, aberto a sessão com um pedido de silêncio em memória de todos os jornalistas que perderam a vida em reportagem.
A Fundação distinguiu seis jornalistas iraquianas (Sahar Issa, Huda Ahmed, Shatha al Awsy, Alaa Majeed, Zaineb Obeid, and Ban Adil Sarhanque) que trabalharam arduamente no escritório da McClatchy em Bagdad.
Também a jornalista mexicana Lydia Cacho, que viajou com quatro guarda-costas devido às fortes ameaças de morte, recebeu ontem o Prémio Coragem do Jornalismo pela sua reportagem que ajudou a meter na prisão um líder pedófilo. Lydia Cacho sublinhou que o México é o segundo país mais perigoso para os jornalistas, atrás de Bagdad.
Por último a Fundação atribui o Prémio Coragem à jornalista etíope Serkalem Fasil, uma dos 14 editores e repórteres de  jornais independentes que foram detidos e acusados de traição por publicarem artigos críticos ao Governo da Etiópia pela sua conduta nas eleições parlamentares de Maio de 2005.
No dia da detenção, Fasil, que se encontrava grávida de dois meses, foi severamente espancada pela polícia.
Foi colocada em liberdade em Abril, mas em Julho o Governo apresentou novas acusações sobre ela e o seu caso deverá chegar ao Supremo Tribunal no próximo mês.
Também a jornalista norte-americana Jill Carroll, a libanesa May Chidiac e a chinesa Gao Yu receberam, no mesmo dia, o Prémio Coragem no Jornalismo 2006 da International Women’s Media Foundation (IWMF), um galardão atribuído a mulheres jornalistas que demonstraram grande carácter e integridade no exercício da profissão. 
 Jill Carroll, de 28 anos, viu reconhecida a sua capacidade de resistência durante o sequestro de que foi alvo, enquanto que  May Chidiac, de 43, foi distinguida depois de ter sobrevivido a  um atentado onde perdeu a mão e a perna  esquerda.
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