Autor: Lusa/AO online
Os resultados líquidos foram "fortemente penalizados pelo reforço de provisões e imparidades no Brasil", bem como pela "atividade doméstica registada no primeiro semestre de 2013", sublinhou o Banif, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O Banif registou no terceiro trimestre 22,6 milhões de euros de provisões e imparidades líquidas, depois de, no primeiro semestre, já ter feito o registo de imparidades com caráter extraordinário relacionadas com a operação creditícia no Brasil, no montante de 78,7 milhões de euros, a que se somaram 61,1 milhões de euros após uma auditoria prudencial realizada por indicação do Banco de Portugal.
No total, o Banif fechou os primeiros nove meses do ano com provisões e imparidades de 244,6 milhões de euros, mais 6,7% do que no período homólogo de 2012.
O produto bancário cresceu 2,9% para 186,7 milhões de euros, graças ao resultado em operações financeiras, que passou de sete milhões de euros negativos entre janeiro e setembro de 2012 para 29,5 milhões de euros positivos em igual período deste ano.
Já a margem financeira caiu 13,5% para 107,5 milhões de euros e as comissões líquidas baixaram 13,2% para 56,6 milhões de euros.
Os custos de estrutura recuaram 15,8% para 190,1 milhões de euros.
O ativo total líquido do Banif avançou 1% para 14.137 milhões de euros, com o crédito a clientes a cair 6,9% para 10,2 mil milhões de euros e os recursos de clientes a recuar 12,6% para 7,6 mil milhões de euros. Destes, os depósitos ascendem a 6,8 mil milhões de euros.
O rácio de transformação de depósitos em crédito fixou-se nos 131,8%.
O rácio de crédito vencido a mais de 90 dias sobre o crédito total agravou-se para 13,2% (face aos 12,3% de setembro de 2012).
Os recursos líquidos do Banif junto do Banco Central Europeu (BCE) cresceram 34,8% para 3,8 mil milhões de euros.
Já em termos de capital, o rácio 'core tier 1' subiu de 11,16% em setembro de 2012 para 12,07% em setembro último.
O Banif destacou que, na prossecução da estratégia de recapitalização, aumentou o capital em 311,5 milhões de euros (entre junho e outubro), tendo, em agosto, recomprado ao Estado 150 milhões de euros de instrumentos de dívida subordinada de conversão contingente (CoCo).
De resto, nos primeiros nove meses do ano, os custos do banco relacionados com o pagamento dos juros devidos pelos CoCo corresponderam a 24,1 milhões de euros.
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