Açoriano Oriental
Açores/Governo
PPM reconhece que subestimou Bolieiro e elogia humanismo do social-democrata

O deputado do PPM/Açores Paulo Estêvão reconheceu que subestimou o líder do PSD regional, testemunhando agora, com um executivo de PSD, CDS e PPM no poder, o "humanismo" e "capacidade de trabalho" de José Manuel Bolieiro.

PPM reconhece que subestimou Bolieiro e elogia humanismo do social-democrata

Autor: Lusa/AO Online

"Disse que integraria uma coligação de Governo com o PSD, mas que não apoiaria a nomeação do dr. José Manuel Bolieiro para presidente do Governo Regional. Por esta altura é óbvio que não cumpri. Assumo a incoerência. A responsabilidade é inteiramente minha. Penalizo-me por isso. Todos os políticos e todas as pessoas cometem, aqui ou ali, incoerências. Mas não deixam de ser situações sempre penalizadoras. O que é dito deve ser cumprido", declarou Estêvão, falando no parlamento açoriano, no final de três dias de debate do Programa do novo executivo.

Contudo, defende o monárquico, "a verdade é que existia, pela primeira vez nos últimos 24 anos, como se provou, uma maioria não socialista no parlamento" açoriano.

"Recusar uma coligação liderada pelo dr. José Manuel Bolieiro teria uma consequência prática: a manutenção do PS/Açores no poder. Isso constituiria, tendo em conta o meu combate de décadas ao poder socialista, uma enorme incongruência em relação ao meu passado. Seria, também, incumprir a primeira das minhas premissas. Meti-me, com as minhas declarações em relação à política de coligações, numa situação paradoxal e insustentável. A verdade é que subestimei o dr. José Manuel Bolieiro. Como agora é bem evidente, não fui o único que cometeu esse erro", prosseguiu Estêvão.

Passados que estão "quase dois meses" das eleições de outubro, o deputado do PPM diz poder "agora testemunhar a grande capacidade de diálogo, o humanismo, a qualidade e a capacidade de trabalho do atual presidente do Governo Regional".

Admitindo que espera ao novo executivo "uma situação muito difícil", o objetivo é tornar a região "mais próspera e mais justa", o que "terá de ser evidente no final da atual legislatura".

"O que vos peço a todos é que nem por um só momento desistam das nossas utopias e dos nossos sonhos. Estão proibidos de desistir. Todos os dias temos o dever de tornar a vida dos nossos semelhantes melhor. Com a energia de quem abraçou a causa de uma vida. De quem nasceu para esta missão. De quem se orgulha de ser o escolhido entre tantos. De quem quer deixar uma marca indelével na nossa sociedade", sustentou.


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