Autor: Lusa/AO On Line
De acordo com Mota Amaral, que integra o grupo de deputados portugueses na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, esta organização internacional rejeitou há duas semanas a lista portuguesa candidata à representação de Portugal no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
Este tribunal é composto por 47 juízes, cada um representante do respetivo país membro, e está a decorrer a eleição do novo corpo judicial.
No caso de Portugal, a candidatura destina-se a substituir o juiz madeirense Ireneu Cabral Barreto, cujo mandato termina em fevereiro.
Segundo Mota Amaral, a candidatura de Portugal era composta por João Manuel da Silva Miguel, representante no Eurojust, e pelos juristas Paulo Pinto de Albuquerque e Anabela Rodrigues.
Mota Amaral explicou que Portugal recorreu da decisão, mas a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa chumbou esse recurso na segunda feira em Estrasburgo.
O deputado desconhece as razões pelas quais a candidatura portuguesa foi chumbada pela subcomissão jurídica do Conselho da Europa, uma vez que os candidatos são "altamente qualificados".
A Portugal resta agora apresentar uma nova candidatura, o mais tardar até final de dezembro, já que a eleição decorrerá em janeiro em sessão plenária da Assembleia Parlamentar da Comissão da Europa.
No entanto, o processo é burocrático e moroso, explicou Mota Amaral, porque os candidatos têm que ser escolhidos por um júri que integra elementos das mais altas instâncias judiciais em Portugal, como o Conselho Superior do Ministério Público e o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos.