Autor: Lusa / AO online
"Não há respeito pelo segredo de justiça", frisou o porta-voz da editora, Paulo Gonçalves, em declarações à Lusa, lamentando que "o nome e a imagem de uma empresa, que trabalhou sempre com rigor e seriedade, fique prejudicado de uma forma injustificada".
A Porto Editora e a Texto Editores receberam quarta-feira, nas suas sedes, no Porto e em Lisboa, uma equipa da Direcção de Serviços da Inspecção Tributária.
O Departamento Central de Investigação Criminal (DCIAP) confirmou hoje à Lusa ter recolhido documentação nas buscas efectuadas no âmbito da Operação Furacão, que investiga fraude fiscal e outros crimes económicos.
"Está em causa o mesmo tipo de crimes que deu origem a buscas anteriores em outras empresas", disse uma fonte do DCIAP à agência Lusa.
No âmbito da Operação Furacão estão a ser investigadas dezenas de empresas e entidades bancárias alegadamente por crimes de natureza económica
"A equipa foi recebida ao mais alto nível aqui na Porto Editora e as autoridades cumpriram o seu trabalho de uma forma inatacável", explicou Paulo Gonçalves.
"Estamos tranquilos, porque em todos estes anos de actividade nunca houve nada, absolutamente nada a apontar à empresa, que sempre colaborou com as autoridades fiscais", acrescentou.
A Texto Editores, que foi recentemente adquirida por Paes do Amaral, confirmou também à Lusa as diligências efectuadas quarta-feira, acrescentado que a acção incidiu sobre as contas compreendidas entre 2000 e 2005, mas escusou-se a adiantar mais pormenores.
Um balanço da Procuradoria-Geral da República sobre a Operação Furacão, divulgado no final do mês de Julho, indicava que já tinham sido constituídos mais de 120 arguidos, metade dos quais sociedades e pessoas que aderiram a esquemas de fraude fiscal, e realizadas cerca de 200 buscas.
A coordenação das investigações no âmbito da Operação Furacão está a cargo do Departamento Central de Investigação e Acção Penal.
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