Autor: Lusa/AO Online
No debate do programa do Governo, Paulo Portas perguntou ao primeiro-ministro se está disponível para que seja o Parlamento a “indicar o caminho” de um novo modelo de avaliação, para “substituir o que não está bem por algo que será melhor”.
O líder do CDS-PP defendeu que o caminho deve “obviamente passar pela suspensão do que está errado quer na divisão dos professores titulares e não titulares quer no modelo de avaliação”.
Na resposta, o primeiro-ministro rejeitou em absoluto a suspensão da avaliação dos professores que está em curso afirmando que “não está disponível para ajustes de contas com o passado” e a “deitar para o caixote do lixo” o trabalho feito pelos professores.
“A melhor solução é todos reflectirmos como vai ser a nova avaliação mas devemos levar a que está até ao fim. Se querem dialogar e construir, construamos para o futuro, melhoremos. Mas não façamos ajustes de contas políticos com o passado”, disse o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro argumentou que neste momento há 49 mil professores já avaliados no âmbito do actual modelo.
José Sócrates considerou que a posição que manifestou “vai ao encontro” do que afirmou Paulo Portas: “anotei que o senhor disse que a suspensão não seria boa ideia. Concordo que o vazio não é solução”, afirmou.